Portugal registra maior pico de novos casos de Covid-19 nas últimas 3 semanas

29/05/2020 17:39

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EFE

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Portugal registrou 350 novos casos do novo coronavírus nas últimas 24 horas, o mais elevado nas últimas três semanas, e 92% das novas infecções foram detectadas na região de Lisboa e Vale do Tejo, onde as preocupações as autoridades estão concentradas.

Segundo o último boletim da Direção-Geral de Saúde (DGS) divulgado nesta sexta-feira, o número de casos positivos registrados desde o início da pandemia atingiu 31.946, com um total de 1.383 mortes por Covid-19, 14 entre ontem e hoje.

A região de Lisboa e Vale do Tejo concentra a grande maioria dos casos na última semana, após a identificação de vários surtos, principalmente em municípios da periferia da capital.

A diretora-geral de Saúde, Graça Freitas, revelou hoje que existem 4,4 mil casos ativos nessa região, onde foram identificados surtos maiores ou menores em obras, empresas, asilos e alguns bairros.

Graça Freitas explicou que foram identificadas seis grandes obras que concentravam cerca de 130 doentes e, embora tenha esclarecido que nem todos os contágios ocorreram no trabalho, pediu para que todas as precauções sejam tomadas nos meios de transporte de uma obra para outra que as empresas geralmente fornecem.

Existem também cerca de 340 casos em empresas, a maioria em duas fábricas do setor de alimentos localizadas em uma plataforma de logística na cidade de Azambuja.

O aumento dos casos ocorre perto da terceira fase do desconfinamento, que Portugal começará na próxima segunda-feira.

Devido à situação preocupante na região de Lisboa, não está descartado que se mantenham algumas restrições nesta área, entre as quais se considera deixar os shopping centers fechados, que deveriam abrir na próxima segunda.

A decisão será tomada ainda hoje em um conselho de ministros.

O país continua apostando no reforço da realização dos testes e o Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, anunciou que desde 1º de março, mais de 796 mil testes foram realizados e que ainda existem 1 milhão de testes em estoque. EFE

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