"Mercado não abrirá em 1º de julho", diz diretor jurídico da Fifa

12/04/2020 17:44

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EFE

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O diretor jurídico da Fifa, o espanhol Emilio García Silvero, afirmou que, devido aos efeitos da pandemia de Covid-19, "o mercado (de contratações) não será aberto" no dia 1º de julho, como aconteceria normalmente.

García Silvero reconheceu que a Fifa não pode prolongar os contratos já assinados para depois de 30 de junho e que, por consequência, os jogadores poderiam deixar o clube atual ao término do vínculo. No entanto, não poderiam ir para outra equipe porque os períodos de contratação vão mudar.

"A Fifa não pode prolongar os contratos para depois de 30 de junho, mas as janelas de transferência não serão as mesmas e os jogadores não poderão ser contratados. O mercado não será aberto em 1º de julho", frisou o dirigente em entrevista ao programa "Tiempo de juego" da "Cadena Cope".

De acordo com o diretor, um jogador emprestado poderá voltar ao clube de origem em 30 de junho, quando concluir o empréstimo. No entanto, o registro não será computado para que possa jogar.

"Se um empréstimo termina em 30 de junho, o jogador, teoricamente, deveria voltar ao seu clube, mas a janela de inscrição não estaria aberta, então o registro não seria tramitado", explicou.

Garcia Silvero deixou aberta a possibilidade de haver vários períodos para realizar contratações e adaptar as necessidades das entidades.

"Pode haver várias janelas. Dependerá do início e do fim de cada competição. A ideia é que as janelas terminem pouco antes do início de cada campeonato, e não têm que coincidir", argumentou.

A crise gerada pelo coronavírus SARS-CoV-2 alterou totalmente o calendário esportivo deste ano, com os adiamentos da Eurocopa e dos Jogos Olímpicos para 2021. Com isso, o novo Mundial de Clubes, inicialmente previsto para o ano que vem, teve que ser adiado para 2022 ou 2023.

"O novo formato do Campeonato do Mundo de Clubes teve de ser adiado. Ainda estamos vendo a data", disse García Silvero.

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