Putin adota trabalho remoto após entrar em contato com médico infectado

01/04/2020 17:30

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EFE

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, começou a trabalhar remotamente pela primeira vez nesta quarta-feira, depois que o médico com quem esteve há uma semana em um hospital testou positivo para o novo coronavírus.

"Hoje, ele (Putin) planeja realizar uma reunião com membros do governo. O que torna este encontro diferente dos outros é que será realizado remotamente", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

Ele reconheceu que é a primeira vez que o presidente não se reúne pessoalmente com o governo desde o início da crise da Covid-19, que já matou 24 pessoas no país.

As notícias da infecção do médico-chefe do 40º Hospital que trata pacientes com coronavírus fora de Moscou (Kommunarka) provocaram rumores sobre um possível contágio do presidente russo, embora o Kremlin tenha negado.

Além disso, Peskov explicou que, pela mesma razão, Putin também desistiu de apertar as mãos como forma de saudação.

"Agora todo mundo mantém distância. Todos estão fazendo isso", disse ele.

Sobre o contágio do médico Denis Protsenko, o Kremlin disse desconhecer se ele havia passado ou não por um teste de coronavírus.

"Ele próprio não sabia que se encontraria com o presidente", acrescentou, desejando ao médico uma rápida recuperação.

Segundo Peskov, não apenas Putin, mas todos aqueles que acompanharam o presidente naquela visita estão tentando trabalhar remotamente e se submetendo a testes médicos diários.

Durante visita a um hospital na semana passada, Putin elogiou pessoalmente o trabalho do médico, que pediu preparação para um possível "cenário italiano" na Rússia, onde havia 2.777 casos de coronavírus hoje, 440 a mais do que ontem.

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