Alemanha diz que confinamento parcial não será encerrado antes de 20 de abril

30/03/2020 19:01

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EFE

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O governo da Alemanha alertou que as medidas adotadas contra a Covid-19, que no país implica o fechamento parcial da vida pública, não serão relaxadas por enquanto e que ser considerado que isso persistirá até pelo menos até 20 de abril.

"Não podemos diminuir o nível das medidas acordadas entre o governo federal e os estados enquanto persistir o nível atual de contágio", disse o porta-voz do governo, Steffen Seibert.

Atualmente, o número de pessoas infectadas a cada cinco dias dobrou. "A curva deve cair, pelo menos, até que isso ocorra, digamos, a cada dez dias", acrescentou a fonte do governo.

"Trata-se de salvar vidas. Seria cínico começar a discutir questões de saúde e, ao mesmo tempo, dar prioridade às questões econômicas", disse o ministro das Finanças e vice-chanceler social-democrata, Olaf Scholz, à rede pública "ARD".

"É prematuro e, portanto, incorreto pedir um relaxamento nas medidas de fechamento enquanto o número de infecções continua aumentando", afirmou o ministro da Economia, Peter Altmaier.

O governo da chanceler Angela Merkel e os "Länder" - estados federais - chegaram a um acordo no último dia 22, por pelo menos 15 dias, o fechamento parcial da vida pública e a proibição de reuniões ou passeios em grupo de mais de duas pessoas (expansível para mais, no caso de quem reside na mesma casa).

Compete a cada estado implementar essas medidas, com variações entre eles. Na próxima quarta-feira acontecerá outra reunião virtual entre a Chancelaria e os líderes regionais, onde não deve acontecer um relaxamento das medidas tomadas.

O número de infecções na Alemanha está em 57.298, com 455 mortes, segundo dados atualizados ontem pelo Instituto Robert Koch (RKI). Isso representa um aumento de 4.751 infecções em comparação com o dia anterior e 66 mortes.

O RKI alertou que as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) dos hospitais alemães podem ficar sobrecarregadas se as infecções continuarem a aumentar na taxa atual. EFE

Primeira Edição © 2011