Imóveis de empresária que levou Ronaldinho ao Paraguai são alvo de operação

13/03/2020 17:23

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EFE

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Imóveis da empresária Dalia López, responsável pelo evento que Ronaldinho Gaúcho participaria no Paraguai antes de ser preso, foram alvos de operação de busca nesta sexta-feira, como parte da investigação originada pela apreensão de documentos falsos do jogador e do irmão e agente dele, Assis.

Durante a semana, o Ministério Público local apontou López, que está foragida, como a suposta líder de uma rede dedicada a "facilitar a elaboração e utilização de documentos de identidade e passaportes com conteúdo falso".

No dia 4 de março, Ronaldinho e Assis foram flagrados no aeroporto de Assunção, justamente, com identidades e passaportes paraguaios, com número de outros registros, de duas mulheres. Horas depois, ambos foram detidos pela Polícia Nacional.

Alvo da operação de hoje, López é presidente da Fundação Fraternidade Angelical, que iria apresentar um programa de atendimento gratuito de saúde para crianças paraguaias, em evento que teria a participação do ex-Grêmio, Barcelona, Flamengo, Atlético Mineiro, entre outros.

Agentes da Polícia Nacional do Paraguai e representantes do Ministério Público estiveram em dois imóveis de propriedade de Dalia López, uma delas no bairro de Carmelitas, de classe alta em Assunção.

Foram apreendidos equipamentos eletrônicos e grande quantidade de documentos, segundo explicou o promotor Federico Delfino, que também revelou terem sido encontradas inúmeras bolas de futebol com o rosto de Ronaldinho estampado.

O MP paraguaio aponta que foi López a responsável pelo trâmite junto ao Departamento de Identificação local, para obter os documentos a Ronaldinho e Assis, que foram entregues no Brasil, semanas antes da viagem que fizeram para Assunção.

Até o momento, há 14 acusados no caso, que também envolve funcionários da Diretoria de Migrações e a autoridade do aeroporto internacional da capital paraguaia.

 

UMA SEMANA.

Ronaldinho e Assis completaram nesta sexta-feira a sétima noite presos na Agrupación Especializada, uma das sedes da Polícia Nacional que também funciona como penitenciária. Ontem, eles receberam visita do ex-atacante paraguaio Nelson Cuevas, que falou sobre a situação do Bola de Ouro em 2004 e 2005.

"Ele tem o direito de sair para caminhar, está convivendo com todas as pessoas ali dentro. Com isso, não tem problemas. Estivemos conversando um pouco. Em linhas gerais, está bem, mas está tendo que lidar por uma situação muito difícil", disse.

Ontem os advogados dos irmãos apresentaram recurso contra a prisão preventiva confirmada nesta terça-feira por um juiz, que se opôs a proposta de que ambos ficassem em detenção domiciliar, pelo risco de fuga.

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