Paquistão atua como mediador no Irã para aliviar tensão na região

13/01/2020 16:31

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EFE

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O ministro de Relações Exteriores do Paquistão, Shah Mahmood Qureshi, usou o bom trâmite que tem em Teerã nesta segunda-feira para tentar reduzir a tensão no Oriente Médio, especialmente no Golfo Pérsico.

Qureshi, que chegou ao Irã neste domingo e deverá viajar para a Arábia Saudita em seguida, se reuniu com o ministro de Relações Exteriores iraniano, Mohamad Yavad Zarif.

"Os chefes da diplomacia do Paquistão e do Irã trocaram pontos de vista sobre laços bilaterais e questões regionais, especialmente a redução da tensão no Golfo Pérsico", disse Yavad Zarif em um breve comunicado.

Qureshi, por sua vez, apelou à máxima contenção e a medidas imediatas para reduzir as tensões, além de ter defendido a resolução dos problemas através do diálogo e da diplomacia.

Segundo uma nota do Ministério das Relações Exteriores do Paquistão, a guerra não é do interesse de ninguém e há um consenso geral entre os líderes da região em favor de evitar conflitos.

Qureshi reiterou que o Paquistão não permitirá que seu território seja utilizado para atacar outros países e que não participará de guerras na região.

O chefe da diplomacia paquistanesa também se reuniu no domingo à noite com o presidente iraniano, Hasan Rohani, que disse que elogiou os esforços do diplomata para promover a paz na região. "Nas condições atuais, todos nós devemos cooperar para estabelecer a paz e a estabilidade e aliviar as tensões", enalteceu.

Rohani também destacou que a República Islâmica está preparada para defender os próprios interesses, mas nunca tentou iniciar uma guerra.

Para acalmar o clima, o Emir do Qatar, Tamim bin Hamad al Zani, também esteve em Teerã no domingo, pedindo uma reunião com Rohani para recorrer ao diálogo para superar a crise atual.

"Esta visita acontece em um momento crítico, e concordamos com o presidente que a única solução para a crise é desativar a escalada de todos os lados", declarou Al Zani.

A crise levou a temer o início de um conflito mais amplo, razão pela qual países da região com boas relações tanto com Teerã quanto com Washington, como o Catar e o Paquistão, decidiram intervir.

A outra peça-chave é a Arábia Saudita, rival tradicional do Irã e aliada americana. Qureshi viajará para Riad, aproveitando o fato de que seus laços com o reino também são bons.

Primeira Edição © 2011