Morales critica EUA por reconhecimento de Áñez como presidente interina

14/11/2019 13:13

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EFE

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O ex-presidente boliviano Evo Morales, que renunciou ao cargo no domingo passado, repudiou nesta quarta-feira o reconhecimento de Jeanine Áñez como presidente interina da Bolívia pelo governo dos Estados Unidos.

Mesmo sem quórum no Congresso, Áñez tomou posse como presidente interina da Bolívia na terça-feira, dois dias após a renúncia de Morales, que aceitou o asilo oferecido pelo governo do México.

"Condenamos a decisão de Donald Trump de reconhecer o governo autoproclamado pela direita. Depois de impor (o autoproclamado presidente da Venezuela, Juan) Guaidó, ele agora proclama Añez. O golpe de Estado que provoca a morte de meus irmãos bolivianos é uma conspiração política e econômica vinda dos EUA", escreveu Morales no Twitter.

Morales deixou a Bolívia na segunda-feira passada. A renúncia veio depois da pressão dos militares e de uma auditoria da Organização dos Estados Americanos (OEA) que denunciou irregularidades nas eleições de 20 de outubro, na qual o agora ex-presidente havia sido reeleito para um quarto mandato seguido.

O governo de Trump reconheceu Áñez como interina na própria terça-feira, dia em que tomou posse.

"A presidente em exercício do Senado, Áñez, assumiu as funções de presidente interina da Bolívia", afirmou no Twitter o encarregado do Departamento de Estado dos EUA para a América Latina, Michael Kozak.

Nesta quarta-feira, o governo americano argumentou que a proclamação de Áñez cumpre a Constituição na Bolívia e pediu o "restabelecimento da ordem" no país.

"Aplaudimos a presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, por assumir este papel crucial em um momento de grande responsabilidade. Acreditamos que sua atuação cumpre a Constituição da Bolívia e que é importante restabelecer a ordem e manter a legítima liderança civil", comentou. EFE

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