Jovem é internado em estado grave após ser baleado por policial em Hong Kong

11/11/2019 13:33

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EFE

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Um jovem manifestante permanece internado em estado grave após ter sido baleado por um policial de trânsito de Hong Kong nesta segunda-feira, de acordo com informações da Autoridade Hospitalar local à Agência Efe.

Segundo a imprensa local, o jovem de 21 anos está na unidade de terapia intensiva após passar por cirurgia de emergência.

Nos confrontos entre policiais e manifestantes, motivados pelo caos por conta de greve geral convocada para hoje, pelo menos 13 pessoas entre 12 e 49 anos ficaram feridas, incluindo o manifestante.

Pouco antes das 8h (hora local), foi publicado um vídeo onde um policial de trânsito é flagrado disparando três vezes contra dois homens vestidos de preto - cor que identifica os protestos - na área residencial de Sai Wan Ho, onde um grupo de manifestantes bloqueou o tráfego.

Esta foi a terceira vez que um manifestante é ferido à bala por algum policial desde o início dos protestos, há pouco mais de cinco meses. Os outros incidentes ocorreram no início do mês passado, quando dois jovens, de 14 e 18 anos, ficaram feridos.

A greve geral de hoje foi convocada na internet após a morte, na última sexta-feira, de um estudante universitário de 22 anos, que caiu de um estacionamento e sofreu graves lesões cerebrais em circunstâncias desconhecidas durante um protesto no último dia 3.

Os manifestantes culpam a polícia, que nega ter alguma responsabilidade com essa morte.

O caos foi grande nesta segunda em Hong Kong, pois a greve causou problemas no trânsito em diferentes partes da cidade durante a hora do rush.

Inúmeros policiais foram mobilizados para diferentes distritos. Após o incidente do tiroteio, uma multidão furiosa se reuniu em San Wai Ho e gritou "assassinos" para os agentes.

Aparentemente, as universidades locais também estavam entre os alvos da polícia, pois segundo relatos da imprensa local, por volta das 8h30 (hora local) os agentes entraram no campus da Universidade Politécnica e jogaram gás lacrimogêneo, fazendo com que as aulas fossem suspensas.

No metrô, ativistas lotaram os vagões e impediram o fechamento das portas, resultando no fechamento de algumas estações.

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