Fernández convoca argentinos para enfrentarem "tempos que não são fáceis"

28/10/2019 19:24

A- A+

EFE

compartilhar:

O peronista Alberto Fernández, virtual presidente eleito da Argentina após, segundo a apuração extraoficial, ganhar em primeiro turno as eleições deste domingo, convocou os argentinos a se unirem a seu projeto de governo para enfrentar os tempos vindouros que, segundo ele, "não são fáceis", em referência à crise econômica.

O líder da coalizão Frente de Todos afirmou que se reunirá na segunda-feira na Casa Rosada com o atual presidente, Mauricio Macri, a quem superou no pleito, para falarem sobre a transição política até 10 de dezembro, quando ele assumirá o cargo.

"Sabem que até 10 de dezembro o presidente é o presidente Macri. Vamos colaborar em tudo o que pudermos colaborar, porque a única coisa que nos preocupa é que os argentinos deixem de sofrer de uma vez por todas", afirmou Fernández diante de uma multidão de simpatizantes no quartel-general da Frente de Todos, no bairro de Chacarita, em Buenos Aires.

Nas primeiras palavras após a vitória, já reconhecida por Macri, Fernández aproveitou para pedir ao atual governo para que, quando passar à oposição, "seja conscientes do que deixou" e "ajude a reconstruir o país das cinzas".

"Tomara que esse compromisso de diálogo que nunca tiveram passem a ter", acrescentou.

O discurso de Fernández girou em torno do consenso e da união. Ele ressaltou que sua coalizão "não é a frente de nós, é a Frente de Todos, nascida para incluir todos os argentinos".

Fernández reassumiu o compromisso de cumprir todas as propostas que fez durante a campanha eleitoral, entre elas reativar a economia e gerar empregos como chaves para tirar o país da crise.

"Daqui em diante só nos resta cumprir o prometido. Saibam os argentinos que cada palavra que demos e cada compromisso que assumimos foi um compromisso moral e ético sobre o país que devemos cumprir", acrescentou.

Além disso, ele lembrou o nono aniversário de falecimento do ex-presidente Nestor Kirchner, marido de sua companheira de chapa, Cristina Kirchner.

"Não seria justo que hoje não reconhecesse o que fez por nós e a enorme possibilidade que me deu", afirmou Fernández, que foi chefe de Gabinete de Kirchner.

Primeira Edição © 2011