Como o Brasil pós-Lula mergulhou no abismo da recessão econômica

19/06/2019 13:01

A- A+

Romero Vieira Belo

compartilhar:

A economia brasileira entrou em parafuso a partir de 2013, com Dilma na presidência gastando mais do que era arrecadado. Em 2014, ano da sucessão presidencial, o presidente era Michel Temer, mas os efeitos negativos no cenário econômico eram reflexos dos desajustes da era Dilma. Vale sempre a pena lembrar: sucessora de Lula, Dilma conduziu o País à recessão ao abrir mãos de receitas, com as chamadas desonerações que beneficiaram grandes e sólidas empresas, e ao promover gastos excessivos que visavam projetar sua imagem em busca de sucesso na disputa presidencial, da qual acabaria privada por força do impeachment que a destituiu do poder.

A retração do Produto Interno Bruto, neste início de ano e de governo, não resulta de outra coisa senão do processo recessivo que se instalou, com mais ímpeto, a partir de 2014. O governo central, já com Temer no comando, poderia ter experimentado um alívio significativo nas contas públicas, mas o Congresso Nacional, já de olho nas eleições de 2018, cozinhou a proposta de reforma Previdenciária. A partir daí ninguém mais investiu, as receitas caíram e o desemprego voltou a crescer. Na indústria e no comércio a situação não se agravou mais ainda porque Temer entendeu oportuno liberar saques de contas antigas do FGTS.

Mas o fato é que a população, temerosa em relação ao futuro da economia, começou a poupar mais e consumir menos. Trata-se de uma reação instintiva de quem teme perder o emprego, de quem vive sob o risco de perder a renda. A poupança vai bem, obrigado, mas a montanha de dinheiro estacionada no mercado financeiro só contribui para a queda do consumo e o aumento do desemprego.

Evidente, pois, que diante de qualquer análise do contexto econômico nacional, a partir de 2013, conclui-se pela obviedade de que os resultados negativos dos indicadores da economia não são e não poderiam ser produto de erros do atual governo.

O fato é que nenhum presidente, nem mesmo um super-herói às avessas, seria capaz de arrebentar a economia de um país como o Brasil em apenas cinco meses de erros e equívocos.

 

RENAN VÊ CONSPIRAÇÃO E PROJETO DE PODER

Convencido de que a troca de mensagens entre o ex-juiz Sérgio Moro e procuradores do MPF confirmam conspiração entre juízes e procuradores em nome de um projeto de poder, o senador Renan Calheiros defende abertura de investigações em cima de Moro, do procurador Deltan Dallagnol, da juíza Gabriela Hardt, do ex-procurador-geral Rodrigo Janot e outros.

 

PROVA ILÍCITA E ERRO JUDICIÁRIO GRAVE

Quem lê título de informação em que o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal, diz que prova ilícita pode valer, entende que é válido usar meios ilegais para obtenção de ‘provas’. Ora, quando se descobre que o condenado por um homicídio não foi o autor (exemplo dado por Mendes), não é questão de prova ilícita, mas de erro judiciário gravíssimo.

 

GOVERNADORES E CONGRESSISTAS SOB PRESSÃO

É grande a pressão de Brasília sobre os governadores para que apoiem a reforma da Previdência. Maior ainda é a pressão dos servidores públicos – estaduais e municipais – sobre deputados e senadores para que não embarquem no discurso do governo federal. É esperar para ver o resultado final do confronto.

 

FOTO OCASIONAL DE TUTMÉS ‘AO LADO DE LULA’

A foto em que o desembargador Tutmés Airan aparece à frente de um painel com a frase ‘Lula livre’ e a imagem do ex-presidente foi ocasional. No meio de um ato público estudantil (em defesa das verbas do MEC) em frente à sede do Tribunal de Justiça. Ao deixar o prédio, o presidente Tutmés Airan foi abordado por militantes, inclusive o deputado Paulão. Foto, portanto, casual.

 

BOLSONARO, MORO E A MÍDIA DESVAIRADA

O presidente Bolsonaro aproveitou uma solenidade e condecorou o ministro Sérgio Moro. A imprensa contra reagiu: “Bolsonaro condecora, mas não defende Moro”. Então, o presidente levou Moro ao Mané Garrinha para assistir a CSA x Flamengo. E a mídia petista: “Bolsonaro mantém silêncio”... Aí, o presidente escancarou: “Moro faz parte da história do Brasil. O que fez não tem preço”. Será que falta dizer algo mais?

 

NEYMAR NÃO SERÁ O ÚLTIMO DA HISTÓRIA

Neymar não é o primeiro e, com certeza, não será o último. Até o bem comportado Cristiano Ronaldo já foi acusado de agressão e estupro. Evidente que cada episódio precisa de apuração, pois ninguém está acima de suspeitas. Mais evidente ainda, contudo, é que esse tipo de ‘caso’ só acontece com milionários. E, no final, a reparação moral parece ser, sempre, a que menos importa...

 

FEIRANTES NO CENTRO: SOLUÇÃO SIMPLES

Reprimidos pela fiscalização municipal, os feirantes que atuam no Calçadão do Comércio abandonaram os balaios e passaram a expor seus produtos em carroças. Quando os fiscais se aproximam, eles circulam, deixam a área restrita. Então, solução óbvia: cravar torniquetes em cada entrada de calçadão, de modo que as pessoas possam passar, mas as carroças, não.

Primeira Edição © 2011