As corporações tramam contra o fim do 'dinheiro público fácil e abundante'

05/06/2019 08:15

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Romero Vieira Belo

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As corporações não aceitam Jair Bolsonaro. Excetuando-se alguns segmentos, que confiavam em Paulo Guedes, a grande maioria dos setores que influenciam a vida nacional atuou na campanha para derrotar o capitão e, hoje, todos são capazes de tudo para se livrar de um comandante que assumiu o governo com o objetivo – inatingível para muitos – de mudar os rumos do Brasil.

Corporações são grupos dominantes como bancos, especuladores do mercado financeiro, transportadores de cargas, partidos políticos, construtoras, grandes veículos de imprensa, dentre outros. Reúnem os agentes que se deram bem nos quase 15 anos de era petista, com Lula e Dilma na presidência.

Esses grupos, poderosos, estão muito bem representados no Congresso Nacional e foi sob sua influência e por conta de um erro tático político primário do presidente Bolsonaro, que o Parlamento rejeitou Renan Calheiros no comando do Senado e lá encaixou um réu em processo de corrupção. O senador Renan, como todos sabem, sempre atuou em defesa da governabilidade – foi assim com Fernando Henrique, com Collor,  com Lula e Dilma – e o fato inelutável é que as corporações, saudosistas dos tempos de dinheiro público fácil e abundante, não querem saber de governabilidade enquanto Bolsonaro comandar o Planalto.

Então, rejeitam de forma escancarada os projetos e propostas do governo, não importando se interessam e atendem ao interesse nacional. O que importa, para os grupos dominantes, é o desgaste do presidente porque esse é o caminho, medido e calculado, para trazer de volta o cenário de dinheiro público farto e volumoso daqui a quatro anos. Uma estratégia nada genial e nada sutil.

O cerco não se amplia e não se adensa porque, saindo Bolsonaro, entra o general Mourão, que já foi testado e dissecado e mostrou que conhece e sabe jogar o jogo das elites deserdadas. A tática, pois, não é derrubar Bolsonaro, mas mantê-lo na frigideira, flambando, fritando, sem tostar e sem carbonizar. O próprio PT estremece só em ouvir alguém pronunciar o nome Mourão...

 

PESQUISA MOSTRA RENAN FILHO EM ALTA

Impressiona a performance de Renan Filho em Maceió. Não se tem notícia de um governador (nem Suruagy, no auge da carreira) tão bem avaliado pela população da capital. A nova pesquisa do Ibrape mostra que 76% dos moradores de Maceió aprovam a forma como Renan Filho está governando Alagoas, Um recorde.

 

FULMINANDO A MALDIÇÃO DO SEGUNDO MANDATO

Em dia com a folha salarial do funcionalismo, avançando com as obras iniciadas na gestão anterior e lançando projetos nos mais variados setores da administração, Renan Filho desmonta o mito de que o ‘segundo mandato é a fórmula do fracasso’. Logo, logo o governador alagoano será ‘descoberto’ pela mídia nacional...

 

CONSUMO DE BEBIDA NO ESTÁDIO REI PELÉ

Renan Filho sancionou o projeto que libera álcool nos estádios, mas quer um período experimental. Para isso, vai enviar outro projeto à Assembleia fixando prazo e propondo um amplo debate sobre o assunto. O ideal, nessa história, era que a liberação definitiva só fosse aprovada após três clássicos entre CSA e CRB, com o Rei Pelé lotado e as torcidas empapadas de cerveja...

 

O CACIFE POLÍTICO DO XERIFE ALFREDO GASPAR

Responsável direto e pessoal pela guinada da segurança pública no Estado, Alfredo Gaspar é um nome consensual hoje. Sua atuação no comando do Ministério Público também o consagra como um baluarte das causas e dos anseios do povo alagoano. E tudo isso se traduz em capital político, com uma diferença em relação a outros nomes em cogitação para 2022: Gaspar é uma realidade, vista e aprovada, e não uma experiência...

 

ESPANHOL, SIM, MAS SÓ DEPOIS DO PORTUGUÊS

Após aparecer com o projeto que libera álcool nos estádios de futebol, o deputado Bruno Toledo agora quer incluir no currículo escolar o idioma Espanhol. Vale, a sugestãi, mas, antes, o tucano deveria focar outra meta, mais crucial: fazer o alunado tupinambá aprender o Português. Primeiro, claro, a língua de casa...

 

NÃO ACEITAM NEM PACTO ENTRE OS PODERES

Não é oposição a Bolsonaro, é oposição ao Brasil. Depois que, ouvindo o clamor das ruas no domingo passado, os chefes dos três poderes se reuniram e anunciaram um pacto em apoio a reformas, os contras estrebucharam. Ficaram apopléticos. O que querem? O país afundando, o ‘quanto pior melhor’.

 

ESTADO CONTRATARÁ MAIS SERVIDORES

De novo na contramão da crise nacional, em cujo epicentro tem estado atrasando até a folha do funcionalismo, o governo de Alagoas confirma a realização de concursos neste ano e em 2020. Será contratado mais pessoal para segurança, saúde e educação -  além de auditores da Fazenda estadual.

 

 

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