Dia da D de vacinação está dentro da expectativa, diz ministro

04/05/2019 16:44

A- A+

Agência Brasil

compartilhar:

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse hoje (4), durante visita a uma Unidade Básica de Saúde (UBS), na zona sul da capital paulista, que participa do Dia D da campanha de vacinação contra a gripe, que as ações estão indo bem, dentro das expectativas do ministério, com 100% das unidades de saúde abastecidas e 100% da força de trabalho atuando.

"É uma oportunidade que teremos até o fim de maio para as pessoas se vacinarem. Hoje fica um dia no qual chamamos bastante a atenção. O Dia D não é dia para esgotar os índices, mas é um dia que queremos que todos saibam que estamos em plena campanha e que além de vacinar contra a gripe, há a oportunidade para as demais vacinas", afirmou.

O objetivo da ação é alertar a população sobre a importância de manter a carteira de vacinação em dia e chamar o grupo prioritário para se vacinar. A vacina está disponível em todos os postos de vacinação do país, durante este sábado.

Mandetta lembrou que há um fenômeno global no qual as pessoas estão deixando de vacinar os filhos, resultando em epidemias de doenças que já estavam erradicadas, como o sarampo. "São Paulo teve um caso de sarampo esta semana. Ela tem um bom índice de cobertura vacinal, mas não se pode criar nichos sem vacinação, senão coloca-se em risco a comunidade como um todo, disse.

Segundo o ministro, as pessoas acreditam que a gripe é uma doença comum, mas esquecem que ela mata, leva milhares de pessoas aos postos de saúde e hospitais, com internações prolongadas, podendo evoluir para uma pneumonia.

"A vacina não dá reação nenhuma. O que existe são pessoas que estão no período de incubação da gripe. Vacinam-se, e dois dias depois têm gripe porque já estavam contaminadas. O balanço da vacina é dez a zero, em qualquer relação de risco, versus benefício", explicou.

Amazonas

Mandetta informou ainda que a vacina deste ano contem duas cepas que circularam na região do Amazonas e fizeram 36 óbitos em vinte dias, motivo pelo qual a campanha foi antecipada em mês naquele estado. "Quando há epidemias e desfechos fatais as metas são atingidas rapidamente e as pessoas pedem vacina, porque cria-se quase um pânico".

Mandetta chamou a atenção para o fato de que muitas mães jovens não presenciaram doenças como a poliomielite e suas sequelas e que as crianças não podem ir sozinhas aos posto para se vacinar, por isso precisam dos pais ou responsáveis. "Responsáveis são todos, inclusive aqueles que irresponsavelmente colocam algum tipo de preocupação nos pais que não têm com quem se orientar".

Vacinação em São Paulo

No estado de São Paulo a expectativa é imunizar 90% da população-alvo de 13,2 milhões de paulistas contra o vírus Influenza.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, são mais de 4,9 milhões de idosos (pessoas com 60 anos ou mais); aproximadamente 3 milhões de crianças com idade a partir de seis meses e menores de seis anos de idade; 1,3 milhões de profissionais de saúde; 451 mil gestantes e 74 mil puérperas (com até 45 dias após o parto), além de pessoas com comorbidades, como asma, diabetes, imunodeprimidos e outros.

A vacina está disponível em mais de 11,4 mil postos de vacinação em todo o Estado, entre postos fixos e volantes, com a mobilização de mais de 39 mil profissionais.

Primeira Edição © 2011