A opção era: o Brasil dominado pelo comunismo ou o Movimento Militar

09/04/2019 13:45

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Romero Vieira Belo

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O transcurso do 31 de Março de 1961, celebrado dentro e fora das Forças Armadas, serviu também como prova de que a ‘grande mídia’ assumiu de vez seu papel de oposição ao governo Bolsonaro.

Por acaso, nos últimos anos, houve barulho, grande ruído da esquerda na passagem do 31 de Março? Não? E por que não?

Muito simples: porque Bolsonaro não estava na Presidência. Aliás, se o capitão não tivesse dito nada sobre o Movimento Militar de 1964, a data teria transcorrido sem alardes.

Mas Bolsonaro falou e foi o bastante para a esquerda, dentro e fora da mídia – amplificar o eco já quase inaudível da velha orquestração contrária ao governo instaurado em 1964.

A esquerda rememora as vítimas do regime militar (sem se referir às dos atos terroristas), mas esquece do aplauso oficial do Congresso Nacional à revolução russa que oprimiu, perseguiu, prendeu e executou milhões de cidadãos da União Soviética...

Também esconde que o Brasil, em 1964, com Jango no comando, esteve a um passo de virar uma republiqueta comunista, um satélite da União Soviética, a exemplo de Cuba.

O discurso de golpismo soa ‘envolvente’, mas não se sobrepõe à História. E não falo como leitor, mas como ‘sobrevivente’ do período. O Exército não deu golpe, foi chamado a intervir, depois que João Goulart se mandou para o Rio Grande, junto com Leonel Brizola, e foi destituído pelo Congresso. A anarquia havia tomado conta do País. O movimento militar teve o apoio dos governadores, do Parlamento, da mídia e da maioria do povo.

Eu fui contra, editava o Diário da Borborema, em Campina Grande, e fui convocado a depor no Exército e na Polícia Federal por ter publicado uma matéria censurada pelo governo.

Depois, condenei os excessos – mas de parte a parte – e vi o Brasil virar a 8ª economia do mundo, o ensino público dar um salto de qualidade jamais visto, a saúde atender a todos sem filas.

Vi mais: o fim da corrupção, que voltou feroz na década de 1980. Naquela época, a pisada era outra: matou, cadeia; roubou, cadeia. O Movimento Militar, claro, não foi uma opção, mas uma alternativa crítica para salvar o Brasil da bandalheira total.

E a moçada da esquerda finge, mas tem consciência disso.

 

PROBLEMA NÃO É A DIREITA, É BOLSONARO

Em artigo recente, o chanceler Ernesto Araújo tentou demonstrar  que o nazismo foi um movimento de esquerda. Ninguém revidou. Quando, em Israel, Bolsonaro disse a mesma coisa, aí a militância esquerdista aqui reagiu quase possessa. Portanto, claro está que, para a esquerda, o problema não é a História, o socialismo-comunismo-marxismo. O problema chama-se Jair Bolsonaro.

 

NAZISMO PODE TER SIDO DE DIREITA OU ESQUERDA

O fato é que historiadores, cronistas e críticos se dividem quanto à marca do nazismo. Para muitos, o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães tanto pode ser definido como de direita quanto de esquerda. Mas a esquerda, aqui no Brasil, se esforça em eximir-se: “O nazismo foi um movimento político de direita que matou 21 milhões de pessoas”. E matou mesmo.

 

ESQUERDA NÃO MATOU MIL, MATOU MILHÕES

Mas, e a esquerda? A esquerda russa, que difundiu e exportou o marxismo, a teoria política que inspirou a esquerda brasileira, não matou 21 milhões de pessoas, mas 43 milhões. Perseguindo, torturando, executando. Já a esquerda chinesa, de Mão Tsé Tung, superou-se: ceifou 102 milhões de vidas. Aqui, a esquerda que abomina os generais-presidentes, esquece ou esconde que se inspira no regime totalitário de Joseph Stálin...

 

O SALDO DE ALAGOAS COM DISPARADA DO PIB

É um show de crescimento. Estudo da Secretaria de Planejamento revela que o Produto Interno Bruto de Alagoas cresceu 1,53% no ano passado. É motivo para foguetório, considerando que o PIB alagoano está acima dos demais estados e do índice nacional, que ficou em 1,1% em 2018. Fosse um resultado negativo, setores da mídia estariam trombeteando e expondo o nome de Renan Filho. O importante, contudo, é que Alagoas segue avançando como modelo a ser copiado.

 

E O DINHEIRO QUE O APOSENTADO RECOLHEU?

A desoneração promovida pelo governo federal – inclusive na era Dilma – concorreu para afundar a Previdência Social. Antes, o trabalhador passava a vida recolhendo contribuições e, ao se aposentar, começava a receber de volta o que havia pago. Com a desoneração, o cofre do INSS esvaziou-se. Aí surgiu a teoria de que ‘quem trabalha sustenta quem se aposenta’. Ora, e o dinheiro que o aposentado recolheu enquanto estava na ativa?

 

RENAN CALHEIROS: REFORMA DEVE SER DOSADA

Em meio à confusão em torno da reforma previdenciária, impõe-se recorrer à tese de Renan Calheiros: esse tipo de reforma deve ser gradual, cada governo fazendo sua parte. O senador racionaliza ao afirmar que não faz sentido fazer uma reforma, agora, impondo condições para valer nos próximos 20 anos. E não faz, mesmo, porque a sociedade, assim como os ingredientes do próprio sistema de aposentadoria, estão em constante mutação.

 

‘MÍDIA’ NÃO DEIXA OPÇÃO PARA BOLSONARO

Que opção a ‘grande mídia’ deixa para Bolsonaro? Se o presidente não conversa com os congressistas, está dando as costas ao Parlamento. Se o presidente procura deputados e senadores para conversar, está adotando a velha política. Afinal, a esquerda poderia dizer o que quer do presidente?

 

Primeira Edição © 2011