Semudh orienta mulheres sobre seus direitos em casos de violência

21/02/2019 15:12

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Agência Alagoas

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Quando se trata de violência contra a mulher, faz-se necessário disseminar ao maior número de pessoas os direitos da vítima por meio da Lei Maria da Penha. Desta forma, a superintendente de Políticas para a Mulher, Dilma Pinheiro, da Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos (Semudh), realizou, nesta quarta-feira (21), palestra sobre o tema na Escola Ione da Silva Henzel, localizada no assentamento Costa Dourada, zona rural do município de Maragogi.

A instrução faz parte da retomada da Coordenadoria Municipal da Mulher de Maragogi que contou com a presença de representantes de entidades femininas relacionadas ao tema, mães e estudantes. A proposta de ministrar a palestra em um assentamento busca informar àquela população que vive mais afastada do centro urbano sobre os direitos da mulher.

“As políticas públicas para as mulheres estão avançando e nós precisamos que tenham a coragem de fazer essa denúncia de forma anônima, sem precisar se identificar. As mulheres de assentamentos não devem se permitir que as violações dos seus direitos aconteçam e que não sofram de forma nenhuma qualquer tipo de violência”, disse a superintendente Dilma Pinheiro.

De acordo com o prefeito de Maragogi, Fernando Sérgio Lira, as políticas em favor da mulher favorecem a uma sociedade mais justa. “É preciso que se monte uma rede de proteção à mulher e que saiamos na frente. Estamos no século 21 e não devemos nos comportar como se estivéssemos na idade média. Tivemos dificuldade no ano passado, onde a coordenadoria foi suspensa, mas voltamos estabelecendo trâmites com a secretária da Semudh com relação a diversos projetos como a Patrulha Maria da Penha, uma equipe multidisciplinar para atendimento a estas vítimas e entre outros”, comentou Fernando.

Dependência

A defensora pública municipal, Carolina Góes, explicou que os casos de violência em Maragogi ocorrem pela dependência financeira das mulheres. “Os casos são muitas vezes subnotificados pela submissão econômica delas. Muitas vezes quando estas vítimas realizam a queixa, elas preferem voltar atrás. Como, por lei, não se pode mais retirar a queixa nestes casos da Lei Maria da Penha, pedem, por meio de declaração, que a pena seja mais branda por não representarem mais perigo”, explicou.

“É por isso que se fez necessário retomar este trabalho de proteção e de empoderamento da mulher maragogiense. A coordenadoria, com o apoio da Semudh e demais órgãos e entidades femininas, realizará ações de promoção dos direitos das mulheres dentro do município. Nosso objetivo será de apoiar estas vítimas e educar de diversas maneiras na luta contra a violência doméstica e familiar”, disse a coordenadora da Mulher de Maragogi, Valéria Melo.

A Semudh estuda ainda a possibilidade de realizar o Programa Mulheres Mil nos assentamentos da zona rural do município a fim de capacitar, empoderar e incentivar a independência financeira das mulheres em situação de vulnerabilidade social.

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