A  história se repete. No próximo sábado, dia 23 de fevereiro ,o bloco As Pecinhas de Maceió  volta a desfilar no circuito Pajuçara/ponta Verde nas comemorações dos seus 36 anos de avenida.

A HISTÓRIA

O bloco  foi fundado em 1983 quando 10 amigos se juntaram e aceitaram a idéia do Apolinário Junior, mais conhecido como Júnior Popó que acabara de desfilar nas Virgens de Olinda em Pernambuco e provocou os amigos para que saíssem na orla como mesmo perfil do bloco ,ou seja, travestidos de mulher .  Dito isso  e após tomarem umas e outras a  provocação foi aceita e o grupo foi para a casa do Dinho Lopes , filho do carnavalesco Edécio Lopes que é inclusive o autor do frevo  que é o hino do bloco . Lá chegando, foram logo vestindo as roupas da Dona Dina , sua mãe  e partiram para a orla de Ponta Verde  acompanhados de  um surdo, pandeiro, tamborins e muita animação.

Ano seguinte já organizados, conseguiram o primeiro patrocínio da PITU  e por conseqüência uma veraneio como carro de som, amplificava o cantor Dinho Lopes , acompanhado da bateria da escola de samba Unidos do Poço e Jangadeiros Alagoanos que se revezavam durante todo o trajeto.

A troça passou a ser acompanhada  por muitos jovens da sociedade alagoana que viam ali toda a essência do carnaval de rua através da sátira e irreverência com os personagens de novela ,políticos e artistas destacados no cenário nacional.

O Iate Clube Pajuçara teve um papel fundamental na manutenção desse bloco pois notava-se a necessidade de um lugar onde os foliões pudessem se trocar, na verdade se travestir, com uma produção que na maioria das vezes era feita pelas próprias namoradas, esposas e amigas dos desfilantes

Com a inclusão da chamada concentração que era feita no clube, houve também o ingresso de várias bandas locais que faziam sucesso com o público jovem de Alagoas . Bandas como o Conversa Fiada que puxou o bloco por 10 anos , O Cannibal também mais 10 , Bora Bora, Papa Jungle, Fabi Canuto e muitos outros artistas da terra.

A ATUALIZAÇÃO

Com a chegada do Maceió Fest e dos chamados bloco empresa, houve a primeira modificação no bloco. A polêmica era continuar uma troça ou adaptar-se  a nova realidade de estruturação  do bloco. A opção foi a modernização porém sem perder suas características básicas .  O bloco passou a ser puxado por trios elétricos, carros de apoio com venda de bebidas e banheiros volantes, cordão de isolamento para todos  os foliões que passaram a desfilar com fantasias padronizadas e em cada ano , fazia-se uma homenagem pu sátira . Po r exemplo já houve desfile só de Minies, outro de enfermeiras, ano seguinte de colegiais e até da Presidente Dilma.

Após várias transformações, passando inclusive por festas conhecidas como “indoor” que seriam fechadas onde já se trouxe o grupo Harmonia do Samba e Leo Santana do antigo Parangolé, As Pecinhas voltaram para a avenida com o modelo totalmente oposto , ou seja , sem cordão de isolamento e totalmente aberto ao público.

36 ANOS

No próximo sábado, o bloco com maior renovação de público de Alagoas  ,volta então á avenida com uma atração nacional ,a Banda Chicabana que vai agitar toda a turma jovem de Alagoas em observância ao slogan da Liga que diz : ‘ Se Liga, o carnaval é para todos “ . A concentração está marcada para as 11 horas próximo ao IATE de onde sairá ao meio dia em direção á praça do Alagoinhas na Ponta Verde .