EFE
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O drama "Synonymes", dirigido pelo israelense Nadav Lapid, foi premiado neste sábado com o Urso de Ouro do Festival de Berlim, enquanto o Grande Prêmio Especial do júri ficou com "Grâce à Dieu", do francês François Ozon.
O júri do festival, presidido pela atriz francesa Juliette Binoche, decidiu consagrar a história do ex-soldado israelense que se muda para Paris em busca de sua identidade perdida.
O prêmio especial foi para Ozon, que denuncia em seu filme o silêncio com o qual a Igreja Católica tenta ocultar os casos de pedofilia. O longa-metragem é baseado em um escândalo real ocorrido na França.
O cinema alemão ganhou fôlego com os filmes dos novos talentos, como Angela Schenelec, Urso de Prata de melhor direção por "Ich war zuhause, aber". Já "Systemsprenger", de Nora Fingscheidt, obteve o prêmio Alfred Bauer, em memória do fundador do festival.
As estatuetas de melhor interpretação foram para Wang Jingchun e Yong Mei, o casal protagonista de "Di jiu tian chang", um filme dirigido por Wang Xiaoshuai, favorito das apostas, que percorre 30 anos da história da China e os estragos da política do filho único.
O impactante "La Paranza dei Bambini", baseado em um romance de Roberto Saviano e focado em um líder juvenil que enfrenta uma gangue de Nápoles, obteve o prêmio de melhor roteiro.
O cinema latino-americano foi representado na premiação pelo filme argentino "Blue Boy", de Manuel Abramovich, que ganhou o Urso de Prata de melhor curta-metragem.
A 69ª edição do Festival de Berlim foi a última sob a direção de Dieter Kosslick, que deixa o posto após 18 anos e aplaudido de pé pelos presentes na cerimônia de premiação.
Primeira Edição © 2011