EFE
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O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, afirmou neste sábado que chegou o momento de a Europa se retirar do acordo nuclear com o Irã e se unir a Washington para pressionar Teerã, em declarações feitas durante a Conferência de Segurança de Munique (MSC).
"Chegou o momento de nossos parceiros europeus se retirarem do acordo nuclear iraniano e se unirem a nós exercendo as pressões econômica e diplomática necessárias para dar ao povo iraniano, à região e ao mundo a paz, segurança e liberdade que merecem", afirmou.
O vice-presidente dos EUA afirmou que Teerã é "o maior patrocinador do terrorismo internacional" e é a "maior ameaça para a paz e a segurança".
Além de interferir nos conflitos da Síria e do Iêmen, exportou mísseis, contribuiu para a realização de atentados na Europa e está confabulando para "destruir Israel", argumentou Pence.
Pouco antes, a chanceler alemã, Angela Merkel, defendeu a postura contrária adotada pela França, Reino Unido e Alemanha (além da Rússia e da China, os outros signatários do acordo nuclear iraniano), de manter o acordo nuclear com o Irã.
Segundo sua opinião, a pergunta na hora de avaliar a conveniência de acabar ou permanecer no acordo com o Irã é qual opção é melhor para conter as aspirações nucleares de Teerã, argumentou.
É melhor, prosseguiu, manter o acordo, apesar de Merkel rejeitar muitas outras ações do Irã: de seu programa de mísseis balísticos à sua interferência no Iêmen e na guerra da Síria.
No entanto, Merkel quis minimizar as diferenças neste ponto com a Casa Branca de Donald Trump, que decidiu deixar o acordo assinado durante o mandato de seu antecessor, Barack Obama.
Trata-se, afirmou Merkel, de uma "briga tática", porque nos objetivos a longo prazo com relação ao Irã a Europa e os EUA estão de acordo.
Primeira Edição © 2011