Bolsonaro define primeiras ações de governo em reunião com ministros

19/12/2018 19:54

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Agência Brasil

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Na primeira reunião com todos os 22 futuros ministros de seu governo, nesta quarta-feira (19), o presidente eleito Jair Bolsonaro debateu as primeiras ações da nova gestão, a partir de janeiro de 2019. O encontro, que ocorreu na residência oficial da Granja do Torto, em Brasília, começou por volta das 10h e terminou pouco depois das 17h30.

Cerca de uma hora depois, Bolsonaro deixou o local sem falar com a imprensa e seguiu direto para a Base Aérea de Brasília, onde embarcou de volta para o Rio de Janeiro, local de sua residência. O presidente eleito só deve retornar à capital do país entre os dias 27 e 29 de dezembro, às vésperas de sua posse, que será na tarde do dia 1º de janeiro. Também não houve nenhum comunicado ou informação sobre o que foi definido na reunião. 

O único a se pronunciar após o encontro foi o vice-presidente da República eleito, general Hamilton Mourão, que classificou a atividade como "imensamente proveitosa", em uma postagem no Twitter, no fim da tarde.

Liminar do ministro Marco Aurélio

decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a soltura de condenados em segunda instância, numa liminar que poderia beneficiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde abril na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, repercutiu na reunião, mas, após a realização do encontro, ninguém do novo governo se manifestou sobre o assunto. 

O  deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), futuro ministro da Cidadania de Bolsonaro, foi o único integrante do primeiro escalão do novo governo a comentar a notícia em uma rede social, assim que ela foi divulgada, mas poucos minutos depois ele retirou do ar a postagem. Ele escreveu: "Respeito a decisão do ministro Marco Aurélio. Mas as consequências dela serão trágicas para a credibilidade da Justiça brasileira e para a luta contra a corrupção", escreveu.

A exceção foi um dos filhos do presidente eleito. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) fez duras críticas à medida em uma postagem no Twitter. Segundo ele, a liminar concedida é um retrocesso e impacta na imagem externa do Brasil.

“[O] Brasil elege um presidente limpo; ele nomeia [para o Ministério da Justiça] MJ o juiz símbolo do combate à corrupção e no exterior começa a se formar uma perspectiva de que o Brasil pode voltar a ser sério. Aí vem uma decisão judicial e põe em xeque toda essa construção”, escreveu Eduardo. 

Primeira Edição © 2011