Ferramentas otimizam visualização para potencializar decisões

05/12/2018 17:13

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Agência Alagoas

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Otimizar cada vez mais os processos e procedimentos da administração pública é uma das metas do Governo Renan Filho. Trabalhando com base nesse propósito, a Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) vem alinhando suas atividades a ferramentas de mineração de dados que devem potencializar a tomada de decisões em vários âmbitos da máquina pública alagoana.

Com forte capacidade de processamento, os softwares utilizam um grande volume de dados, que são trabalhados pela equipe da secretaria para extrair informações que podem auxiliar a gestão de forma prática e assertiva. O intuito, segundo o superintendente de Planejamento e Políticas Públicas da Seplag, Israel Lins, é, justamente, facilitar a visualização e compreensão dos dados, tornando-os mais acessíveis para o fomento de políticas públicas no Estado.

“A partir dessas plataformas, conseguimos fazer uma análise mais completa dos números e informações que coletamos e, além disso, realizar com mais praticidade o cruzamento desses dados. Nós podemos, por exemplo, cruzar informações entre um sistema da folha de pagamento do Estado, da perícia médica e de processos correntes na pasta. Com isso, ganhamos em celeridade e conseguimos fazer estudos mais aprofundados de vários aspectos da administração pública”, explica o superintendente.

De acordo com Israel, a Seplag já desenvolveu painéis para auditoria da folha de pagamento do Estado, para acompanhamento de trâmite de processos, para visualização de entregas do Planejamento Estratégico da Secretaria, supervisão da vida funcional dos servidores, automatização do Índice de Preços do Consumidor (IPC) de Maceió, entre outros.

“Além desses, começamos, também, a pensar em painéis que podem contribuir com a gestão de outras áreas. Inicialmente, construímos um com a temática de Educação, que conta com diversas informações sobre as nossas escolas estaduais, e um com dados socioeconômicos das grotas de Maceió, que já, inclusive, auxiliou o trabalho do projeto Vida Nova nas Grotas, desenvolvido nos assentamentos da capital”, complementa Israel.

Vida Nova nas Grotas 

A ideia de criar um painel sobre as grotas da capital alagoana foi implementada assim que o Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) iniciou seus trabalhos em parceria com o Governo de Alagoas. Para desenvolver o Vida Nova nas Grotas - que promove mobilidade urbana, inclusão social, educação, saúde e outras vertentes nas grotas de Maceió – era preciso, primeiro, ter dados sobre esses lugares. Foi aí que o pessoal da Superintendência de Produção da Informação e do Conhecimento (Sinc) da Seplag, em parceria com a Secretaria de Estado do Transporte e Desenvolvimento Urbano (Setrand), entrou em campo.

“Começamos a geolocalizar as grotas maceioenses e, em paralelo, iniciamos um trabalho de mineração de dados demográficos e econômicos sobre esses locais. A partir de então, passamos a disponibilizar essas informações em um painel dinâmico para que esses dados pudessem subsidiar o andamento do Vida Nova nas Grotas”, explica o gerente de Geoprocessamento da Seplag, Robertson Matos.

No painel, é possível saber, entre outras coisas, quantas grotas existem na capital, onde estão localizadas, a distribuições delas nos bairros, suas delimitações, a quantidade de pessoas por faixa etária que vive nos assentamentos, a quantidade de habitações, se há coleta de lixo nos locais e a proximidade de escolas estaduais em relação às grotas.

“A partir desses dados, o ONU-Habitat começou a embasar o seu Mapa Rápido Participativo, que deve avaliar e monitorar as condições urbanas das grotas, e passou a ir a campo para aprofundar as informações. A expectativa é que os dados levantados no MRP sejam implementados, também, no painel de grotas. O intuito é ampliar esse conhecimento para que tenhamos uma base de dados mais rica e que possa auxiliar, efetivamente, na tomada de decisões por parte do Governo”, pontua Robertson.

Segundo o secretário titular do Planejamento e Gestão, Fabrício Marques Santos, a ideia, a partir de agora, é trabalhar cada vez mais em conjunto com as secretarias de Estado para fomentar outros painéis de acordo com as necessidades do Executivo.

“Plataformas de monitoramento deste tipo podem aperfeiçoar de forma muito consistente os processos decisórios do Estado. À medida que fazemos uma auditoria da Folha, por exemplo, e que conseguimos reduzir custos, temos mais recursos que podem ser destinados a políticas públicas, melhorando a vida dos alagoanos. A expectativa, daqui para a frente, é que trabalhemos em parceria com outros órgãos e secretarias para que possamos construir mais painéis e entregar um Estado cada vez mais eficiente”, complementa o secretário.

Primeira Edição © 2011