Juíza pode delegar decisão sobre futuro de submarino ao governo da Argentina

18/11/2018 20:10

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EFE

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A juíza argentina Marta Yáñez, responsável pela investigação sobre o acidente com o submarino ARA San Juan, disse neste domingo que pode delegar ao governo a decisão de retirar o equipamento do fundo do mar.

Para a magistrada, esta é uma questão emocional e não interfere na investigação sobre o que ocorreu com o submarino, encontrado ontem a 900 metros de profundidade após permanecer pouco mais de um ano desaparecido no fundo do Oceano Atlântico.

Perguntada sobre a sequência das investigações pela imprensa argentina, a juíza explicou que a empresa americana Ocean Infinity, contratada pelo governo para encontrar o submarino, enviará 67 mil fotos e registros em vídeo para auxiliar no trabalho.

"Vamos contar com uma análise pormenorizada da situação de como o submarino está e das condições que ele ficou", afirmou.

Além disso, a juíza explicou que as três fotos divulgadas ontem, vistas também pelos familiares dos 44 tripulantes do submarino, não serão utilizadas nas investigações sobre o caso.

"Chegado o momento, depois de conseguirmos reconstruir o que ocorreu com imagens e vídeos, se entenderem que ser necessária a retirada da embarcação, que entendo que é muito difícil e cara, seria preciso fazer um estudo para verificar se isso tudo é factível", disse a magistrada na entrevista.

Yáñez explicou que o caso sobre a busca do submarino deve ser encerrado agora que o equipamento foi encontrado. No entanto, ela considera que alguns dos familiares podem processar o governo por negligência ou imperícia nos trabalhos de resgate.

A juíza também afirmou que focará agora para entender como o submarino afundou, um caso, segundo ela, "sem antecedentes" e "muito complexo". Desde o início, revelou a magistrada,

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