Pharrell Williams planeja denunciar Trump por uso de canção após tiroteio

02/11/2018 12:22

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EFE

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O cantor Pharrell Williams ameaçou denunciar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por usar sua conhecida canção "Happy" em um ato realizado horas depois do trágico tiroteio que matou 11 pessoas em uma sinagoga de Pittsburgh (Pensilvânia).

Os meios de comunicação locais informaram nesta terça-feira sobre uma carta que o advogado do artista enviou ontem a Trump, na qual expressou o mal-estar de Williams por ver sua música ser utilizada em um evento no fim de semana em Indiana.

"No dia do assassinato de 11 pessoas pelas mãos de um 'nacionalista' louco, Trump utilizou a canção 'Happy' em um evento político em Indiana. Não houve nada de 'feliz' na tragédia que atingiu nosso país e não foi concedida nenhuma permissão para o uso desta canção com este propósito", escreveu o advogado.

O advogado afirmou, além disso, que o uso da canção "Happy" sem consentimento "constitui uma infração dos direitos autorais e marca registrada" e advertiu que Williams "não outorgou e não concederá" uma autorização a Trump para divulgar publicamente sua música.

Esta não é a primeira vez que Trump recebe críticas ou ameaças de denúncias por parte de músicos depois de utilizar músicas sem permissão.

As bandas Rolling Stones, The O'Jays e Queen, além da cantora Adele, entre outros, pediram a Trump que deixe de usar suas respectivas músicas em atos políticos desde o início da campanha eleitoral que o levou à presidência em 2016.

No sábado, um homem de 46 anos, identificado como Robert Bowers, entrou armado em uma sinagoga de Pittsburgh e abriu fogo de maneira indiscriminada contra os fiéis que participavam de um batismo.

Oito homens e três mulheres, de idades entre 54 e 97 anos, morreram e outras seis pessoas tiveram que ser hospitalizadas, quatro delas agentes das forças da ordem.

Horas depois do tiroteio, Trump compareceu a uma reunião do setor agrícola em Indiana, onde demonstrou seu apoio a dois candidatos republicanos desse estado à Câmara de Representantes nas eleições legislativas de 6 de novembro.

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