O mal dos radicalismos.

20/10/2018 09:51

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Geraldo Câmara

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               Seja no que for, o radicalismo não soma, não encontra caminhos viáveis, não deveria fazer parte de um sistema que se diz democrático, mas faz. E como tal também temos que respeitar posições sejam elas quais forem porque falar e ouvir com respeito e com dignidade também são fatores indispensáveis ao exercício correto da democracia. No entanto e lamentavelmente estamos vendo uma campanha presidencial acirrada, seria até correta não fossem os excessos praticados, a troca de impropérios e acusações, de fundadas a infundadas, com a imensa colaboração das Redes Sociais que se permitiram serem usadas não mais para a defesa de programas e de propostas respeitáveis para se transformarem em berço nada esplêndido das chamadas "fake news" covardemente utilizadas por ambos os lados com ataques que vão do institucional ao pessoal transformando uma campanha que poderia ser muito bonita em lixo da democracia. As idéias colocadas, insisto em dizer, dos dois candidatos, poderiam se apreciadas e estudadas pela população de maneira bem mais objetiva não tivessem sido criados os campos de batalha ao invés das arenas de debates produtivos e conclusivos. Face a isto, fica o eleitor num terrível papel olhando-se uns aos outros até com olhos de inimigos dissociando até famílias, dispersas em idéias aterrorizantes e radicais. Espero que cheguemos no próximo domingo a um final feliz para uns, frustrantes para outros, mas sem mais delongas com a deposição e o esquecimento das armas usadas nessa infeliz campanha.   

Primeira Edição © 2011