Furacão Michael toca terra no litoral da Flórida

10/10/2018 15:52

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EFE

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O furacão de categoria 4 Michael tocou terra nesta quarta-feira perto de Mexico Beach, no noroeste da Flórida, região que registra uma ressaca ciclônica "mortal" e ventos "catastróficos", informou o Centro Nacional de Furacões (NHC).

Em um boletim especial, o NHC indicou que o furacão movimenta ventos máximos sustentados de 250 quilômetros por hora e sequências superiores, e se dirige em direção ao noroeste a 22 km/h.

Há anos não chegava à região de Panhandle um furacão como Michael, que foi se fortalecendo desde que entrou na terça-feira no Golfo de México e hoje de madrugada chegou à categoria 4 da escala de Saffir Simpson, que vai até 5.

Com ventos máximos sustentados de 250 km/h, Michael esteve próximo de tocar terra como furacão de categoria 5, quando os ventos superam os 252 km/h.

Os meteorologistas do NHC pediram aos moradores região que não saiam na rua, apesar da calmaria "relativa" na passagem do olho do furacão, pois os fortes ventos reaparecerão "rapidamente".

O governador da Flórida, Rick Scott, prometeu que, "assim que Michael passar", será dada uma "resposta massiva" para apoiar Panhandle, com "mais de mil especialistas em busca e resgate de pessoas" e 3.500 membros da Guarda Nacional do estado.

No momento em que o NHC emitiu o boletim especial, Michael estava a cerca de 10 km da cidade de Mexico Beach, que segundo o censo tem 1.072 habitantes.

Os meteorologistas indicam que, agora que tocou terra, espera-se que o ciclone perca força enquanto cruza o sudeste do país, depois de mudar de trajetória em direção ao nordeste nesta tarde ou durante a noite e aumentar sua velocidade de deslocamento.

Os ventos com força de furacão se estendem por um raio de 75 km desde o olho de Michael, enquanto os com força de tempestade tropical (menos de 75 m/h) são sentidos a até 280 km.

Junto aos fortes ventos e chuvas, a maior preocupação das autoridades é o aumento do nível do mar, que segundo os meteorologistas pode subir até os 4,2 metros na região também devido à ressaca ciclônica e a alta da maré, prevista para esta tarde.

Primeira Edição © 2011