Com 21 partidos, senado brasileiro terá a maior fragmentação da história

08/10/2018 17:26

A- A+

EFE

compartilhar:

Brasília, 8 de out. - A partir do próximo ano, o senado brasileiro terá a maior fragmentação da sua história com a presença de 21 partidos, segundo os resultados finais da apuração que terminou nesta segunda-feira, devido a distância de algumas regiões para transportar as urnas eleitorais e fazer a contagem dos votos.

Os dados finais também mostram que dois terços das vagas do senado foram renovadas.

Esta fragmentação nunca havia ocorrido e os números representam mais seis partidos diferentes desde 2015, quando o senado era formado por 15.

Em 1995, quando o pessedebista Fernando Henrique Cardoso assumiu a Presidência, havia dez partidos no senado, e oito anos depois, com Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eram nove.

A partir de 2003, o número oscilou, mas se manteve crescente de maneira progressiva até chegar aos atuais 21 partidos que ocuparam as 81 cadeiras do senado, cujos mandatos também podem ser estendidos por oito anos.

O Movimento Democrático Brasileiro (MDB), liderado pelo o presidente Michel Temer, vai continuar como a maior bancada com 12 senadores, embora tenha perdido neste domingo sete deles frente aos 19 que tinha desde o período anterior no legislativo, em 2015.

O Partido Social Liberal (PSL), de Jair Bolsonaro, de extrema-direita, que não tinha representação, passa a ter quatro cadeiras, uma delas será ocupada pelo seu filho Flávio Bolsonaro, eleito com 31,36% dos votos no Rio de Janeiro.

O Partido dos Trabalhadores (PT), liderado desde a prisão pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou a ser a quinta minoria, saindo de 13 senadores para seis.

A ex-presidente Dilma Rousseff, destituída em 2016 pelo Congresso e que liderava todas as pesquisas prévias às eleições para uma das duas cadeiras pelo estado de Minas Gerais, ficou em quarto lugar com 15,35% e não conseguiu se eleger.

Outros grandes nomes do PT, como Eduardo Suplicy, que já foi senador durante 24 anos e agora era vereador em São Paulo, e Lindbergh Farias, que exerceu a função de chefe do grupo do PT na câmara, foram derrotados nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, respetivamente.

Outra das forças tradicionais, o Partido da Social Democracia (PSDB), perdeu dois senadores, passando de onze para nove.

Por outro lado, três de cada quatro senadores que tentaram reeleição no domingo não conseguiram.

Primeira Edição © 2011