Os dias em que o Brasil parou

25/05/2018 08:41

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Geraldo Câmara

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                 O gigante acordou, levantou do berço esplêndido, fez um balanço e parou. Incoerentemente quando param os caminhões para o Brasil. Porque ninguém anda, os carros deixam de ter combustíveis, os mercados não têm mercadorias, as pessoas se igualam e pobres e ricos não terão suas comidas. Em compensação todas as atenções convergem para o lugar comum da insanidade que tomou conta da nação e que, com corrupção ou sem corrupção deixa à mostra também a enorme incompetência dos seus dirigentes. Ao mesmo tempo demonstra que o povo não sabe, mas manda. Não compactuamos de soluções temporárias e que não trazem nada de positivo ou de definitivo e os acordos que o Planalto tenta fazer com os caminhoneiros e nada é a mesma coisa. O fato é que essa greve fantástica mostrou a fragilidade total dos "planejadores" do governo que seguem regras ultrapassadas e talvez não acreditem nas revoluções do povo. Revoltas pacíficas como a dos caminhoneiros mas que são profundamente positivas no sentido de mostrar que o Brasil não é só deles, governantes desavisados. É nosso e muito nosso. Achamos que uma greve como essa acaba por representar toda a sociedade que grita sem gritar com os extorsivos preços dos combustíveis e que acabam por gerar despesas e aumentos de maneira espiralesca estendendo-se por todos os setores da economia. Se o caminho para acordar o país foi este, que o seja. Com prudência, mas com firmeza. Quem sabe, chegamos lá?

Primeira Edição © 2011