Paula Fernandes: - Avistei a janela e queria pular

27/04/2018 17:30

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Paula Fernandes participou do programa Vai, Fernandinha e aproveitou para esclarecer alguns pontos sobre sua carreira e vida pessoal. Na entrevista, ela começou rebatendo os rumores de que seria antipática. 

Na época do boom mesmo, em 2011, eu fiz 220 shows no ano. Faz a conta! Eu ia em casa só para trocar a mala. Nessa época, foi quando eu sofri mais por falta de uma boa administração da carreira. Ele [o empresário] pedia 50 mil toalhas brancas, pedia mais não sei o quê... E eu lá, nem sabendo. Surgiram coisas que me atrapalharam muito. [Diziam] que ‘a Paula é antipática’, ‘a Paula não atende'. 

Eles não te humanizaram, né? Te trataram como uma máquina e, quando a máquina não deu conta, você ficou de blasé, de arrogante. Sendo que nem você tinha a possibilidade de demonstrar a imagem que você queria passar, apontou Fernanda Souza. 

Eu não entendia porque as pessoas tinham essa impressão de mim. E aí comecei a entender que era algo que estava ao redor, foi a grande sacada.

Você se sentia muito injustiçada?, perguntou Fê Souza. 

Muito. Ficava p da vida em casa, achava que tinha que falar alguma coisa. Mas pensava: vou falar o quê? Quem é que vai me ouvir? Quem vai saber que essa timidez aqui não é antipatia? É simplesmente timidez 

A cantora também abriu o jogo sobre o período em que foi diagnosticada com depressão, aos 19 anos de idade. 

Eu acho que foi um conjunto de coisas. Primeiro que assumi responsabilidade muito cedo. Nunca vou culpar meus pais, mas acho que foi o sistema. Eu não tinha uma Paula Fernandes paralela. Era muito a artista. E com 18 anos eu vi que faltava essa outra parte, da vida social. Avistei a janela e queria pular. Emagreci sete quilos na época. Cabelo caiu. Demorei milênios para aceitar, porque achei que era coisa de gente doida. E quando eu aceitei o tratamento, aceitei o remédio, eu comecei a melhorar. Fiquei três anos no processo. 

Primeira Edição © 2011