Alternativas são criadas para o desenvolvimento sustentável

Condições climáticas também potencializam práticas sustentáveis, apresentando oportunidades para o setor econômico e turístico

25/03/2018 11:45

A- A+

Agência Alagoas

compartilhar:

Unir as características de Alagoas a políticas públicas que viabilizem o desenvolvimento econômico local é uma importante medida para fomentar os diversos setores que movimentam a economia do Estado. No campo da sustentabilidade, as ações da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur) têm impulsionado a utilização de energia limpa em empreendimentos de diversos segmentos econômicos.

Da gastronomia à produção artesanal, passando pelos cânions e praias que são cartões de visitas do Estado, incentivar práticas de sustentabilidade favorece vários segmentos, reduzindo seus gastos e contribuindo com a preservação das belezas naturais. Discutir sustentabilidade, firmar parcerias público-privadas e com o meio acadêmico ampliam as possibilidades dos setores.

O incentivo à utilização de energia solar, feito pelo Governo de Alagoas, conta com o apoio da iniciativa privada. A adesão do executivo estadual à política de compensação de energia elétrica por fontes alternativas em 2016 representa um avanço na consolidação de uma Alagoas que não só conscientiza, mas age em prol da sustentabilidade.

Além da fotovoltaica, outras fontes renováveis também fazem parte do plano de ações da Sedetur, como explica o gerente de Energias Renováveis, Bruno Macedo. “O desenvolvimento de energia sustentável em Alagoas também se dá pela biomassa, dado papel que a cana-de-açúcar tem no Estado e se dará a médio prazo, pela eólica, que também está no plano de ações da secretaria”, destaca.

Promissora em Alagoas devido à grande incidência de raios solares, a energia solar fotovoltaica combina fatores climáticos e sustentabilidade. O investimento em fontes renováveis recebe ainda ações que promovem seu crescimento, como o Fórum de Energia Solar, realizado no mês de fevereiro, que apresentou alternativas sustentáveis para a iniciativa privada, acadêmicos e a população.

Para o diretor comercial da Solar Park, Daniel Lima, as parcerias junto ao setor privado potencializam a expansão do mercado no Estado. “Alagoas tem todas as condições para se destacar no segmento de geração de energia solar fotovoltaica. As condições climáticas são excepcionais em quase toda sua extensão territorial para a geração de energia solar, como também por sua localização geográfica que oferece uma logística muito boa para a implementação das usinas de geração e, finalmente, pelos incentivos que o Estado proporciona para os que aqui vierem implantar seus empreendimentos”, explica.

Projetos de apoio à sustentabilidade colocam Alagoas caminhando em direção ao futuro. Lima ainda aponta que a previsão para os próximos 10 anos é de que 30% dos consumidores brasileiros gerem sua própria energia. Impulsionar o mercado de energia solar fotovoltaico por meio de incentivos é direcionar o Estado para um melhor aproveitamento de uma de suas características mais marcantes.

Case de sucesso

A expansão do setor de serviços associada ao desenvolvimento sustentável já é uma realidade em Alagoas, onde políticas de geração de energia limpa em estabelecimentos encontram um bom campo de atuação. O Hibiscus Beach Club, um dos pioneiros em implementar a utilização de energias renováveis no Litoral Norte, é destaque no ramo.

Com estrutura inteiramente feita de madeira reflorestada, o receptivo localizado na praia de Ipioca, em Maceió, tem reaproveitamento de 80% de resíduos sólidos produzidos no local, transformando-os em adubo para sua horta em formato de compostagem. O empreendimento conta ainda com uma estação de tratamento de águas residuais, causando menos danos ao meio ambiente. A água retirada dos lençóis freáticos também é tratada no local.

“A sustentabilidade tem várias vertentes e uma delas é a redução de custos de modo abrangente. Após uma consultoria com a empresa fornecedora de energia elétrica, adotamos o sistema solar fotovoltaico. Com os painéis solares diminuímos em 50% as despesas com energia elétrica”, explica o diretor executivo do Hibiscus, Rildo Albuquerque. Ele destaca ainda a conscientização do setor privado como a chave para a expansão do mercado no Estado de Alagoas.

Existe uma responsabilidade quanto à participação dos funcionários e até mesmo da população circunvizinha nas ações sustentáveis. O projeto de uma casa de vidro contará com a colaboração de moradores da localidade que trabalham com o material para fabricação de acessórios a partir do que for utilizado no bar. A seleção iniciará o processo de triagem ainda neste mês de março.

Viés turístico da sustentabilidade

Promover a conscientização do turista quanto às formas sustentáveis de usufruir as belezas naturais é outro compromisso. Albuquerque ainda aponta sobre a responsabilidade do case do Hibiscus, fazendo com que não só o estabelecimento, mas todo o Estado de Alagoas se torne referência ao fundir suas melhores características com uma atividade tão pertinente.

À frente da Sedetur, Rafael Brito explica que cada vez mais o desenvolvimento econômico está atrelado a práticas sustentáveis.

“A iniciativa privada tem despertado para importância das práticas de sustentabilidade em seus empreendimentos, visando à economia que algumas dessas ações proporcionam. Em Alagoas, em especial a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente garantem, inclusive, a qualidade de muitos de nossos produtos turísticos, por exemplo. O papel que o governo vem fazendo é essencial para fomentar essas medidas, visando a que os empreendimentos invistam cada vez mais em energia solar, tendo em vista o nosso potencial, gerando economia em gastos de manutenção e dando oportunidade aos empresários em gerar mais emprego e renda para os alagoanos”, ressalta Brito.

Primeira Edição © 2011