Morte de pessoas em situação de rua é discutida

30/01/2018 14:25

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PC-AL

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A Defensoria Pública do Estado recebeu, nesta segunda-feira (29), o coordenador da Delegacia de Homicídios da Capital, Eduardo Mero Campos, para conversar sobre o andamento das investigações relacionadas aos homicídios das pessoas em situação de rua, ocorridos nos últimos meses em Maceió.

Durante a reunião, o coordenador da Delegacia de Homicídios apresentou dados sobre as investigações e esclareceu que não existem indícios da atuação de grupos de extermínio nos crimes. Para ele, conforme apresentou durante a reunião, a motivação para os homicídios estaria relacionada a diversos motivos, sobretudo, tráfico de drogas.

De acordo com o delegado, foram 24 os crimes de homicídios onde vítimas seriam pessoas em situação de rua. A Delegacia apurou que, desses, 17 vítimas estavam efetivamente em situação de rua. Entre os 17 inquéritos, oito já foram concluídos e os autores identificados.

Na oportunidade, o defensor público geral do Estado, Ricardo Melro, reafirmou a importância de dar uma resposta aos crimes envolvendo a população de rua. “Há interesse da população de rua em saber as motivações desses assassinatos. Importante ressaltar que não há consenso sobre a motivação nem entre os representantes do movimento de rua. A reunião esclareceu vários pontos e mostrou que os inquéritos não estão parados. Alguns já foram concluídos. As apurações continuam e nós manteremos os contatos necessários para acompanhar as respectivas conclusões”, expôs o defensor geral. 

Do que foi exposto pelo coordenador da Delegacia de Homicídios, Ricardo Melro afirma que, por ora, não há necessidade de delegado especial. “Continuaremos acompanhando”, pontuou.

Primeira Edição © 2011