Avança estudo à regulamentação da pomada de própolis vermelha

Projeto recebeu estímulos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal)

13/01/2018 14:49

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Agência Alagoas

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Alagoas emplaca mais um avanço no desenvolvimento de estudos em alto nível, graças a uma pesquisa derivada da própolis vermelha local. A análise em questão emerge como uma das competências da ciência alagoana na área da saúde com uma pomada que auxilia no tratamento e recuperação de pacientes com leishmaniose tegumentar.

O projeto recebeu estímulos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal). Na etapa atual, conquistou o reconhecimento nacional, sendo aprovado para o prosseguimento da sua III fase clínica pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

A coordenadora da proposta, Camila Braga Dornelas, cita que esta aprovação é fundamental para a comprovação da eficácia da pomada e seu registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): 

“Isto é importante porque no status definido como medicamentos específicos (Resolução RDC 132/2003), a Anvisa exige que o estudo clínico complete a fase III. Ou seja, ao final desta pesquisa, a pomada da própolis vermelha de Alagoas poderá ser registrada como medicamento, com esta nova indicação terapêutica”, frisa a doutora em ciência e tecnologia de polímeros.]

O composto

A pomada utiliza como base a própolis vermelha de Alagoas, matéria-prima capaz de conferir benefícios ao organismo humano, através de suas propriedades diversas, como as de anti-inflamatório e antioxidante.

O composto está certificado apenas em solo estadual e é desenvolvido no laboratório do curso de Farmácia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), trazendo para o conhecimento público as diversas propriedades positivas deste complexo rico em flavonoides, fenólicos, aminoácidos e vitaminas.

Unidos, eles formam uma pomada que pode ser introduzida em co-terapia ao Glucantime (medicamento utilizado no tratamento do SUS) aos pacientes diagnosticados com leishmaniose, porém trazendo muito menos efeitos nocivos do que a medicação usual.

A finalidade, segundo a coordenadora da pesquisa é complementar a quimioterapia de combate á doença em si, atuando no que diz respeito à qualidade de vida do paciente, pela redução do tempo de cicatrização das feridas provocadas pela doença e até a atenuação dos efeitos colaterais severos atribuídos ao Glucantime, que pode afetar órgãos como fígado e baço.

Agora, com o enquadramento para a fase III garantido, o cenário é assertivo, afinal a pesquisadora e sua equipe devem dispor de um maior número de pacientes diagnosticados com leishmaniose tegumentar para finalizar suas análises no Hospital Escola Dr. Hélvio Auto. O ensejo é de concluir o projeto e confirmar sua efetividade registrando a pomada como apta ao tratamento medicamentoso.

A Fapeal fomentou este estudo com incentivos advindos do edital Programa Pesquisa para o SUS (PPSUS), que conduz subsídios para pesquisas que abordem problemáticas alarmantes na rede pública de saúde. A chamada é fruto da parceria entre Ministério da Saúde (MS), e da gestão compartilhada em Alagoas por Fapeal e Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). 

Saiba mais

O PPSUS de Alagoas é a matéria de capa da nova edição da Fapeal em Revista. Conheça mais sobre as pesquisas em saúde pública no estado acessando http://www.fapeal.br/imprensa/revista/.

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