Huck não é bobo - o caldeirão rende bem mais do que o Alvorada

04/12/2017 09:11

A- A+

Romero Vieira Belo

compartilhar:

Luciano Huck não é um aventureiro político. Poderia, sim, no vácuo de lideranças, no profundo desgaste da classe política, lançar-se candidato à presidência da República. Sairia do nada político para o máximo político. Seria catapultado pelas maquinações dos oportunistas de plantão. E até poderia chegar ao Planalto criando expectativas de salvação nacional. Poderia.

Ao desistir do projeto presidencial em pleno nascedouro, a despeito dos afagos e estímulos vazados nas pesquisas de opinião, Huck fez suas contas e concluiu pelo óbvio: é mil vezes mais lucrativo apresentar seu caldeirão na TV Globo.

A presidência confere fama e poder, mas o salário é ínfimo. Huck embolsa todo mês algo em torno de 1 milhão de reais. Já o salário de Temer não passa de 33 mil, sem descontos. Huck não tem poder, mas vai continuar com fama e dinheiro. Muito dinheiro.

Sua decisão, portanto, não é um gesto de nobreza, nem de sensatez. É mera manifestação de interesse pessoal. O apresentador da TV Globo não é um herói, nem mesmo líder popular. Por isso, não há porque reprová-lo. Sua escolha foi racional: preferiu ficar com o salário milionário a exercer o poder com direito a uma poupança mínima mensal.

Collor recebia uma mesada da Organização Arnon de Mello, além do subsídio de governador. Fernando Henrique era professor e ganhava como senador. Lula vivia como sindicalista. Para esses, portanto, a presidência representava fama, poder e até um meio de ganhar mais, durante e depois. Com palestras, por exemplo.

Luciano Huck, um assistencialista televisivo, que fatura audiência ajudando algumas pessoas carentes e deixando milhões na ‘saudade’, agiu corretamente. Pois não estaria bem intencionado se abrisse mão de um salário milionário simplesmente em troca de ser chamado de Sua Excelência, o presidente Huck.

 

À ESPERA DE RUI

Rui Palmeira vai analisar três posições antes de decidir se disputará ou não o governo em 2018: a dos prós, a dos contras e a dele próprio. E esta última é a que vai prevalecer, obviamente.

 

NONÔ TEM CACIFE

Se Rui optar por continuar na Prefeitura, o nome de Thomaz Nonô pode surgir como alternativa para o governo. Lembrando que Nonô já foi secretário da Fazenda e vice-governador.

 

TUDO TEM COMEÇO E, DEPOIS, FIM

A Lava-Jato está na reta final, e quem admite isso é Sérgio Moro, o juiz que conduz o rumoroso processo, na primeira instância, e tem total autoridade para falar do assunto. O resto é conversa de um ou outro procurador do Ministério Público querendo aparecer. Aliás, a Lava-Jato deu projeção a muita gente, e não apenas aos denunciados por desvios de dinheiro público.

 

DISCURSO AFINADO

Pensando nas eleições, os deputados federais tucanos engrossam o discurso pró-rompimento com Michel Temer, o presidente que também se notabiliza pelo recorde de reprovação popular.

 

E A REFORMA?

Daí surge a questão subsequente: se os deputados tucanos já não querem saber de Temer, porque razão votariam a favor da reforma da Previdência, condenada pela maioria da população?

 

MARCOS BARBOSA, O GRANDE CREDOR DO CRB

Os contras – os azulinos, em especial – apostaram tudo na queda do CRB, no justo momento em que o CSA ascendia à Série B, mas o eficiente comando de Marcos Barbosa manteve o Galo em seu devido patamar: a Segundona do Brasileiro. Aliás, quando, na reta final, os rivais apostavam 10 por 1 como o Regatas cairia, o deputado Marcos Barbosa foi categórico: “O CRB não cai”. Falou, disse e provou. Já o Náutico e o Santa Cruz...

 

NOVOS FILÕES

Com o comércio em baixa, os empreendedores investem na fundação de igrejas e criação de partidos. Aliás, o investimento é irrisório, se comparado com o lucro que podem proporcionar.

 

FARRA SEM FIM

E a farra partidária não tem fim. No centro de Maceió não falta adepto coletando assinaturas para criar o Partido Militar do Brasil. O poder fica distante, mas o fundo partidário está bem ali...

 

ENSINANDO COMO CUIDAR DO DIABETES

O cirurgião vascular Josué Medeiros, do HGE, deveria ser escalado pela Secretaria de Saúde para dar palestras nas escolas da rede estadual abordando um assunto da maior relevância: o diabetes, um dos grandes males do século. Poucos dominam tão bem o tema quanto o médico Josué Medeiros.

 

FAXINA GERAL

O governo federal fez uma economia de R$ 2,7 bilhões com a faxina no Bolsa Família. O cruzamento de dados excluiu milhares de pessoas que não tinham direito, mas recebiam o benefício.

 

PAGAMENTO NA ALE

A Assembleia Legislativa liberou a folha salarial dos servidores na quarta-feira (29). A expectativa agora é de que o provento dos aposentados e pensionistas seja liberado nesta segunda-feira (4).

 

MUDANÇA NA EMISSÃO DE PASSAPORTE

O governo está anunciado mudanças para facilitar aquisição de passaporte. Assim, documentos exigidos na entrevista poderiam ser consultados diretamente pela Polícia Federal. Seria providencial, também, que o governo revisse, para baixo, a taxa de R$ 250 que se paga para obtenção do passaporte.

 

Primeira Edição © 2011