Romero Vieira Belo
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A provável aliança entre PMDB e PSDB, para as eleições de 2018, em Alagoas, é mais do que legítima. Vale também lembrar que no episódio do impeachment de Dilma, as duas legendas marcharam unidas, primeiro na Câmara e depois do Senado.
Aqui, os principais líderes desses partidos – senador Renan Calheiros e o ex-governador e também senador Teotonio Vilela – já pelejaram juntos em muitas batalhas vitoriosas. Com destaque para a eleição de 1994, quando Renan e Teotonio se elegeram para o Senado. Em 2006 eles voltaram a se compor e Téo Vilela se elegeu governador, renovando o mandato quatro anos depois.
Natural, portanto, que nas eleições do ano vindouro esses dois grandes partidos marchem numa mesma direção. Renan Calheiros trabalhando para renovar o mandato, Teotonio Vilela se articulando para voltar ao Senado, e ambos, conjugando forças, atuando para consolidar o projeto do governador Renan Filho, iniciado em 2014, tendo como meta mudar Alagoas.
Nessa perspectiva, parece consentâneo ao PSDB postular a indicação do deputado federal Pedro Vilela para compor como futuro vice de Renan Filho, sacramentando de vez a aliança entre os dois grandes blocos partidários. Aliás, como num xadrez bem ensaiado, a saída de Pedro Vilela da Câmara para ser vice de Renan, ensejaria justamente que Luciano Barbosa, atual vice e secretário da Educação, disputasse seu primeiro mandato legislativo a fim de representar Alagoas no Congresso Nacional. Lembrando que Arapiraca e o Agreste, região de Luciano, não contam hoje com o desempenho de um deputado federal.
Evidente que tudo isso passa por detida análise dentro de cada partido, as bases partidárias precisam ser ouvidas, mas a proposta de uma nova aliança entre PMDB e PSDB tem tudo para dar certo. Para seus membros e para o interesse maior de Alagoas.
Primeira Edição © 2011