Rodoviários rejeitam proposta e mantêm greve

Categoria não aceita reajuste salarial de 4,5%. Ônibus continuam sem rodar

01/08/2017 11:10

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G1

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Por maioria de votos, os rodoviários de Maceió rejeitaram a proposta de reajuste salarial de 4,5% oferecida pelos empresários. Esse percentual havia sido sugerido pelo presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), desembargador Pedro Inácio, em uma tentativa de pôr fim ao impasse. Com a negativa, a categoria mantém a paralisação e os ônibus não saem das garagens nesta terça-feira (1º).
A decisão foi tomada após assembleia na sede da empresa São Francisco, no bairro da Santa Amélia, em Maceió. Desde o início desta manhã, os ônibus não circulam na capital.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado de Alagoas (Sinttro-AL), Écio Ângelo, disse que a categoria votou uma nova contraproposta que será apresentada em outra reunião o TRT, no final desta manhã.
A categoria pede 6% de reajuste salarial e 8% no ticket alimentação. Caso essa nova proposta seja rejeitada pelos empresários, terá início uma greve, com apenas 30% da frota nas ruas.
A discussão pelo reajuste vem ganhando destaque desde a semana passada, quando os empresários ofereceram 2,5% de reajuste, e os rodoviários pediam 8%.
Atualmente, o valor do ticket alimentação é de R$ 431. O salário de motorista é R$ 1.850 e cobrador R$ 1.096 e, segundo a categoria, está defasado. "Há seis anos estamos sem aumento real. Somente a inflação que é pouco. A categoria está querendo o ganho real", disse o motorista Moacir Junior.
Durante a assembleia, alguns trabalhadores criticaram o sindicato por ter defendido que seria melhor aceitar os 4,5%. "Em momento algum eu defendi os empresários. Nós queremos chegar a um acordo", disse Écio Ângelo.
O trabalhador Mário Jorge disse que além de reajuste a categoria precisa de benefícios e de melhorias. "O plano de saúde por exemplo fica caro se colocar outras pessoas da família e o trabalhador não consegue pagar", afirma.

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