Maceió recebe evento sobre doenças raras

Avanços no tratamento e diagnóstico da Hipertensão Arterial Pulmonar, doença rara e silenciosa, estão entre os assuntos abordados

12/07/2017 12:16

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Assessoria de Comunicação

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Médicos, especialistas em pneumologia e cardiologia, estarão reunidos no dia 19 de julho, em Maceió, para debater os mais recentes avanços no diagnóstico e tratamento da Hipertenção Arterial Pulmonar, uma doença rara e sem cura, caracterizada pela falta de ar. Com o tema Diagnóstico e Tratamento da HAP: O que há de novo? - Da teoria à prática, o evento vai contar com palestras de médicos renomados, como o Dr. Adriano Mendes, cardiologista do PROCAPE, e o Dr. Fabiano Cantarelli, cardiologista e hemodinamicista.

Organizado pelos pneumologistas Dr. Tadeu Peixoto, presidente da Sociedade Alagoana de Pneumologia, e Dra. Seli Almeida, o curso vai trazer o que há de novo em terapias para HAP, abordar a importância do diagnóstico precoce e os avanços da medicina nessa área.

Dr. Tadeu Peixoto destaca a importância do evento tanto para os médicos quanto para os pacientes. “É extremamente importante a comunidade médica estar sempre atualizada com relação às novidades em tratamento desta doença que é rara e devastadora. Ter aulas como essa é uma excelente oportunidade de oferecer aos pacientes melhores condições de atendimento e tratamento”, ressalta o especialista.

Mais ameaçadora do que muitos tipos de câncer, a HAP é uma doença rara e progressiva caracterizada pelo aumento da pressão nas artérias pulmonares. Na hipertensão arterial pulmonar, as artérias que levam o sangue do coração aos pulmões estreitam por razões que ainda não são totalmente compreendidas. O coração luta para bombear sangue através das artérias reduzidas, resultando em pressão arterial alta nos pulmões e dilatação do coração. Com o tempo, o coração sobrecarregado de trabalho se desgasta podendo causar insuficiência cardíaca e morte.

Apesar de já existirem tratamentos específicos, a HAP continua sendo uma doença grave e devastadora. A taxa de mortalidade de pacientes com HAP é elevada, chegando a um percentual de 43% depois de cinco anos[1]. Falta de ar, cansaço extremo e fadiga são alguns sintomas da HAP. Por isso, seu diagnóstico é difícil de ser reconhecido uma vez que os sinais são comuns a outras enfermidades como asma, bronquite ou insuficiência cardíaca.

Embora seja mais comum em adultos jovens e em mulheres, a HAP atinge pessoas de todas idades, e em casos graves, pode levar à morte em menos de três anos. Estima-se que no mundo existam certa de 350 mil pessoas com a doença e mais de 10 mil só no Brasil[2]. A maioria dos tratamentos disponíveis hoje no mercado brasileiro são fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e ajudam a retardar a progressão da doença. Entretanto, pacientes com HAP estão mais esperançosos. Um novo tratamento capaz de retardar ainda mais a progressão da doença e proporcionar uma melhora na qualidade e expectativa de vida do paciente foi aprovado recentemente no Brasil.

Segundo estudo de longo prazo, este medicamento, aprovado pela ANVISA, a Macitentana, é capaz de reduzir os riscos de hospitalização relacionados à doença em 50%[3], além de prolongar a expectativa de vida dos pacientes uma vez que, após três anos de tratamento com Macitentana, 64% [4]dos pacientes estavam livres de qualquer evento de morbimortalidade (morte envolvendo todas as causas, septostomia atrial, transplante de pulmão, início  da terapia com prostanóides IV/SC e outros eventos de piora em HAP). Segundo especialistas, a nova terapia possui maior penetração tecidual, ou seja, o paciente terá mais substância no local em que deve agir e esta ação será mais eficaz.  

Colocamos a disposição para entrevistas o médico responsável pelo evento, Dr. Tadeu Peixoto, o palestrante Dr. Adriano Mendes, e a Dra. Fatima Alecio, pneumologista da Santa Casa de Misericórdia de Maceió e referência em HAP na capital.

SERVIÇO:

DIA: 19/07

HORÁRIO: 20h
LOCAL: Hotel Best Western Premier | Sala Roteiro | Endereço: Av. Dr. Antônio Gouveia, 925 - Pajuçara, Maceió.

 

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