Alagoas perderia dois ministros com queda do presidente Temer

01/06/2017 16:32

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A crise que ameaça detonar o mandato do presidente Michel Temer ameaça a participação de Alagoas na composição do primeiro time do governo federal, já que, muito provavelmente, um futuro governo fará uma nova equipe ministerial, com chance quase zero de manutenção dos atuais nomes (a exceção, por algum tempo, seria Henrique Meirelles, da Fazenda).

Alagoas marca presença do ministério de Temer com os deputados federais Maurício Quntella (ministro dos Transportes) e Marx Beltrão (ministro do Turismo), mas existe uma explicação: Temer compôs sua equipe quando o senador Renan Calheiros presidia o Senado (e o Congresso Nacional) tendo conduzido a etapa final do processo de impeachment de Dilma.

Diante do quadro nebuloso em Brasília, a bancada federal de Alagoas ainda não tem uma posição clara sobre a permanência de Temer no governo, mas alguns parlamentares já aderiram à mobilização para forçar a saída do presidente.

Dois deles – o senador Renan Calheiros, do PMDB (partido de Temer) e o deputado João Henrique Caldas (PSB) já defendem abertamente a renúncia de Temer argumentando que esse é o caminho para superar a crise e restabelecer a normalidade institucional interrompida após a crise desencadeada com a delação dos donos da JBS, que atingiu o presidente.

O deputado Ronaldo Lessa (PDT), até pela posição de seu partido favorável à renúncia ou cassação de Temer, também entende que não há mais clima para o presidente se manter no cargo. Na mesma linha já se manifestou o deputado Givaldo Carimbão (PHS). O deputado Paulão, do PT, já era contra o governo de Temer desde o início do processo contra Dilma.

Já o senador Fernando Collor (PTC) quer uma apuração rigorosa das denúncias e aposta numa saída pela Constituição: “O Brasil é muito maior do que essa crise. O povo saberá compreender os caminhos necessários e devidos que se encontram na Constituição. Há pouco, tivemos uma crise e estamos nos recuperando dela. Temos outra crise. Talvez seja a hora de realizar uma profunda reforma política, dando ao brasileiro um caminho de esperança e atendimento das melhores expectativas que o povo espera e deseja ter”, assinala.

O senador Benedito de Lira (PP) e os deputados Arthur Lira (PP), Cícero Almeida (PMDB), Rosinha da Adefal (PTdoB) e Nivaldo Albuquerque (PRP) que integram a base do governo, ainda não assumiram uma posição diante da crise, enquanto Pedro Vilela (PSDB), também da base do governo, defende a apuração dos fatos e espera uma decisão de seu partido.

 

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