Apesar dos protestos...

19/05/2017 23:31

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Romero Vieira Belo

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É evidente que, pela ótica do momento, nenhuma reforma estrutural deveria ser implementada. Não, com um governo central derivado de tumultuado processo de impeachment e um Congresso Nacional moralmente decomposto. Portanto, independentemente do que vier a ser contabilizado, ao final deste período, o fato é que o presidente Michel Temer será avaliado por sua obsessão reformista e por uma teimosia sem limites.

Tirando isto, entretanto, a verdade é que o governo Temer está no caminho certo, não, obviamente, pelos efeitos das mudanças de base que só se farão sentir nos próximos anos. O governo vai bem pela clara constatação de indicadores positivos apontando que o período crítico da recessão está chegando ao fim. A saber:

- a inflação que, em 2014, com Dilma, varou a casa dos 10 por cento, já caiu para apenas 4%, abaixo do centro a meta oficial;

- os juros, que atingiram um patamar absurdo no governo passado, estão sendo reduzidos drasticamente pelo Banco Central, graças, evidentemente, à queda do índice inflacionário;

- o Produto Interno Bruto avançou, este ano, como antecipado pelo crescimento de 1,12% do nível de atividade econômica.

Para coroar esses indicadores, um registro digno de celebração: País registrou a geração de 60 mil empregos em abril último. Foi a soma desses fatores positivos, com destaque na mídia nacional, que levou o influente Financial Times a publicar, na semana passada, um caderno inteiro dedicado ao novo momento vivido pelo Brasil, com um registro especial na manchete que serviu de chamada para 11 reportagens: “A recessão está chegando ao fim”.

Traduzindo: com Temer no comando, estamos conseguindo superar, em tempo curtíssimo, a maior crise econômica da historia da República. Crise que pode, em resumo, ser mensurada por dois dados críticos: um déficit orçamentário de mais de 120 bilhões de reais e uma legião de mais de 13 milhões de desempregados - os maiores legados do desastroso governo Dilma.

Em suma, a realidade nacional mudou tanto nesses meses, que a rejeição natural às reformas de Temer cada dia perde fôlego, vencida pelo sentimento nacional de que a retomada chegou e o Brasil, finalmente, começa a respirar sem aparelhos.

Primeira Edição © 2011