Um caso único no cenário nacional

13/05/2017 21:59

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Romero Vieira Belo

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A exceção nacional

Com dois anos e cinco meses de ações e um conjunto de obras excepcional, num cenário de grave crise econômica, o governador Renan Filho ganhou merecida projeção nacional.

Primeiro, cercou-se de uma equipe competente, sem disputas internas, um grupo comprometido com os objetivos traçados pelo comandante. Depois, estipulou metas e, com isso, passou a contar com uma máquina operante, produzindo resultados.

Quando se elegem – é um caminho natural – os governantes se apressam em atender aos seus, aos que o ajudaram na campanha. Renan Filho tomou um rumo diferente. Avaliou o cenário nacional, sentiu a gravidade da crise, e conteve os gastos. Fez mais: cortou despesas. Deixou de preencher milhares de cargos comissionados, extinguiu secretarias, fundiu órgãos, enfim, reduziu a máquina habituada a devorar receitas.

Os efeitos não tardaram. Dois anos de trabalho, e o Estado hoje está cortado por rodovias novas ou recapeadas. Após 40 anos sem ganhar um só hospital, Alagoas vai contar com quatro grandes: o do Coração Infantil (já operante) o Metropolitano de Maceió, o da Mulher e o do Câncer, no Agreste. Com recursos da Sefaz, o Estado ativou três UPAs, que estavam prontas, mas fechadas.

A Segurança Pública nunca recebeu tantos investimentos – em armas, viaturas, equipamentos. Um recorde. E nunca nomeou tantos policiais militares em período tão curto. A violência repica aqui e ali, mas, no contexto, está diminuindo. Vitória do Estado.

Na Educação, pode-se resumir os feitos num avanço estupendo: Alagoas não tinha uma só escola de tempo integral, no âmbito estadual, hoje conta com 35. E outras estão sendo construídas.

Mais do que tudo isso, o governador conseguiu conduzir a nau alagoana estável, em plena turbulência. Pagando em dia aos servidores, corrigindo salários, pagando aos fornecedores. Impressiona, mas em toda a trajetória da crise, Alagoas apareceu no plano nacional como uma interrogação positiva: como isso foi possível? Como, se outros estados, grandes estados, estão vivendo momentos de trauma beirando a convulsão social? Isso explica porque os demais governadores olham para o alagoano com ar de incredulidade. Explica, também, porque não se ouvem críticas ao governador. Afinal, como criticar, como atacar algo que está dando certo, visível e concretamente certo?

 

OPÇÕES DE VILELA

Teotonio Vilela Filho tem dois caminhos a seguir na corrida eleitoral de 2018: primeiro, se compor com o PMDB, de Renan Calheiros; segundo, aliar-se ao PP, de Benedito de Lira.

 

SEGUNDA VAGA

Como a eleição para o Senado terá duas vagas – e uma será a meta de Téo Vilela – a segunda cadeira, ou o segundo voto, passará por uma composição ou com Renan ou com Biu.

 

O QUE MAIS IMPRESSIONA

O que mais impressiona, nesse cenário promíscuo da política nacional, não é ver Lula insistindo em aparecer como inocente. Negar os crimes é um direito seu. Mas, o que realmente impressiona e afronta, é ver Lula todo enfronhando para disputar mais uma eleição presidencial – como se o Brasil fosse uma Bolívia de Morales ou uma Venezuela de Maduro.

 

FREIO NA SMTT

A decisão de Rui Palmeira, de só implantar a Zona Azul nos chamados ‘bolsões’, deixou claro que a fixação por dinheiro, nesse campo, é coisa própria da SMTT, e não do prefeito.

 

FREIO NO TRÂNSITO

Tem gente rezando para que Rui consiga algum empréstimo de porte no exterior. Com o caixa cheio, o prefeito poderia aliviar a indústria de taxas e multas, operante hoje no trânsito da capital.

 

UM GRANDE NOME, MAS COM OUTRO OBJETIVO

Rui Palmeira vê potencial em Rogério Teófilo para o governo do Estado ou o Senado na batalha eleitoral do próximo ano. A indicação é um elogio, claro, mas Teófilo tem outro desafio: reequilibrar as finanças, viabilizar a Prefeitura e investir tudo na reconstrução de Arapiraca. Sem ambições, pois Rogério já foi deputado estadual, congressista, secretário estadual da Educação e influente articulador do governo do Estado.

 

CARA DE PAU

Da tribuna do Senado, o senador petista Humberto Costa ignorou a bandalheira comandada por dona Dilma e acusou o governo Temer, com apenas um ano de ações, de ter ‘quebrado o Brasil’.

 

VIVA O CORRUPTO!

Sem o menor constrangimento, os petistas andam homenageando o presidiário José Dirceu, um dos ases da máfia petista. Ou seja, exaltar um artífice da corrupção virou ato puramente rotineiro.

 

PEDIDO DE DILMA AO TRIBUNAL ELEITORAL

Soa como anedota, mas Dilma entrou no TSE com um pedido para que a corte desconsidere os depoimentos dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura. Falta, ainda, pedir que o Tribunal Eleitoral, agindo com inigualável isenção, só considere o que no processo existir de favorável à ex-presidente.

 

ISENÇÃO ILEGAL

Terminou, mas não acabou. Explico: o TJ-AL detonou a lei que isentava os clientes da taxa de estacionamento nos shoppings de Maceió, mas não significa que o assunto está encerrado.

 

ISENÇÃO ILEGAL 2

É que, de tempos em tempos, surge alguém achando que pode legislar no Município ignorando decisões do Supremo Tribunal. Não pode. Tanto que as tentativas morrem aqui mesmo no TJ.

 

DIRCEU E OS CACHORROS DA DITADURA

Arrogante incomparável, Zé Dirceu comparou os delatores da Lava-a-Jato a ‘cachorros da ditadura’. A senadora Ana Amélia, da tribuna do Congresso, revidou: “É, mas foram esses cachorros da ditadura que abasteceram a conta bancária das vestais petistas”.

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