Venda de mandos e gramado artificial são proibidos

21/02/2017 06:46

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Gazeta Esportiva

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Em reunião realizada na sede da CBF nesta segunda-feira, o Conselho Técnico da Série A tomou duas decisões importantes para os rumos da competição nos próximos anos. A partir desta edição do torneio, está proibida a venda dos mandos de campo para Estados que sejam diferentes aos dos times mandantes. Outra medida tomada é que os clubes não poderão mais usar gramado artificial em seus estádios a partir de 2018.

A medida referente à proibição da venda de mandos de campo foi proposta pelo presidente do Atlético-MG, Daniel Nepomuceno, e aprovado pela maioria dos clubes. Para o mandatário do Galo, o modelo seguido até então era uma exceção à regra.

“É claro que eu sou a favor. Ano passado já aconteceu isso e eu reivindiquei junto à CBF. Em 2016 foi um caso atípico, pois o Flamengo e o Fluminense reivindicaram por não ter estádio para jogar. Uma vez que tenham estádio para jogar, não tem por que você comprar um jogo decisivo sendo que a equipe que você está jogando não consegue levar a sua torcida local. Acredito que a exceção foi o ano passado e não a regra. A regra continua a mesma”, declarou o presidente do Atlético-MG.

A mudança prejudica de maneira mais direta a Flamengo e Fluminense, que utilizavam com frequência o modelo de venda de mandos de campos para outros Estados. Para o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, a decisão não irá afetar apenas sua equipe, mas também as arenas construídas para a Copa do Mundo em estádios do Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

“Obviamente o Flamengo não votou a favor. Somos um clube nacional, temos torcida em todos os lugares. Acho que esta decisão foi ruim porque ela inviabiliza três ou quatro arenas que foram construídas para a Copa do Mundo e que sobrevivem hoje graças aos jogos dos times de fora dos Estados, principalmente o Flamengo. Nós fomos absolutamente contrários, mas não há nada a fazer”, lamentou o presidente rubro-negro.

Já o mandatário do Fluminense, Pedro Abad, foi mais compreensivo em relação à votação dos clubes. “É uma evolução. Houve problemas no ano passado acerca de inversões de mando de campo de fato. Eu entendo a decisão. Prejudica um pouco o Fluminense, eu votei contra, mas a decisão do colegiado é soberana. Cabe a nós acatar”, completou.

A outra medida proposta nesta segunda-feira, a respeito da proibição do gramado artificial em partidas da Série A, foi proposta pelo presidente do Vasco, Eurico Miranda. A decisão prejudica principalmente o Atlético-PR, que utiliza grama sintética em seu estádio, a Arena da Baixada.

Segundo o mandatário vascaíno, a proposta de mudança da regra foi pelo prejuízo técnico causado às equipes visitantes em atuar em um gramado no qual não estão habituados a jogar. A medida também foi aprovada pela maioria dos clubes.

Além destas duas principais mudanças, a CBF aprovou também a diminuição da capacidade mínima dos estádios na Série A, que caiu de 15 mil para 12 mil.

Primeira Edição © 2011