Os melhores e piores cartões de crédito para acumular pontos

28/01/2017 15:37

A- A+

Exame.com

compartilhar:

Levantamento da Proteste, realizado a pedido de EXAME.com, mostrou quais são os melhores e piores cartões de crédito para acumular pontos.

A pesquisa se baseia em dados reunidos pela calculadora de milhas disponível no site da associação de consumidores, que usa informações públicas sobre cada cartão.

A pesquisa incluiu 198 plásticos oferecidos pelo Bradesco, HSBC, Itaú, Banco do Brasil, Caixa, Santander, Votorantim e Banrisul. Um cartão emitido por um banco com duas bandeiras diferentes foi contabilizado como dois cartões, já que o valor da anuidade muda.

O acúmulo de pontos no cartão de crédito é uma forma de se adquirir milhas. Para isso é preciso que o cartão esteja atrelado a um programa de fidelidade, o que permite acumular pontos a cada compra que, no futuro, poderão ser trocados por milhas nos programas de fidelidade específicos das companhias aéreas.

Foram considerados os cartões que mais pontuam, ou seja, que oferecem mais de 2,1 pontos a cada 1 dólar gasto em compras.

O campeão é o Caixa Elo Nanquim, que permite acumular 2,3 pontos a cada dólar gasto no plástico. Contudo, é necessário ter renda mínima de 15 mil reais e pagar uma anuidade de 690 reais para ter acesso ao plástico.

Já os piores cartões de bancos para acumular pontos são os cartões Santander Fit, Flex, Free, Light e Nacional, que garantem apenas 1 ponto a cada 5 reais gastos. São os únicos nos quais a conversão dos pontos é baseada em reais, e não em dólares. Saiba mais: Na onda do Nubank, bancos turbinam aplicativos de cartões 

Confira nas tabelas a seguir quais cartões garantem as maiores e menores pontuações:

Tabela Proteste

Tabela Proteste

O sistema de milhas é uma métrica usada pelos programas de fidelidade de companhias aéreas que equivale à distância percorrida entre duas cidades. Ou seja, se o número de milhas for suficiente para completa-la, o cliente pode resgatar uma passagem aérea para este trecho. Veja também: Saiba como ganhar dinheiro vendendo suas milhas | MaxMilhas – Patrocinado 

Porém, como os programas de fidelidade garantem como benefícios não só passagens aéreas, mas também produtos diversos, os bancos e programas de fidelidade utilizam o sistema de pontos.

Para a maioria dos cartões analisados, um ponto equivale a uma milha. Ou seja, na maioria dos casos, se cada dólar gasto no cartão de crédito permite acumular 1,5 ponto no programa de fidelidade do banco, caso o usuário queira trocá-los por milhas no programa da companhia aérea, cada 1,5 ponto poderá ser convertido em 1,5 milha. Saiba mais: Nubank vai cobrar anuidade em programa de fidelidade 

Se considerarmos que atualmente um dólar vale 3,16 reais, de acordo com o fechamento do último pregão desta quarta-feira, 25, será preciso gastar mais do que um dólar nos cinco cartões do Santander para acumular uma milha, valor maior do que o necessário nos outros bancos.

Santander

Procurado, o Santander esclarece que o cartão Santander Free é o único em sua categoria associado a um programa de recompensas, além de dar ao cliente condições para isenção de anuidade.

O banco acrescenta que os cartões Santander Flex, Light e Nacional, mencionados na pesquisa, estão sendo descontinuados, enquanto o Santander Fit foi substituído pelo Santander Play.

Valor mínimo de transferência e validade dos pontos

Quanto mais pontos o programa de fidelidade do banco permite acumular a cada dólar em compras no cartão, maior é a possibilidade de o usuário trocá-los por passagens aéreas ao transferi-los para programas de milhagem. Mas é necessário ficar atento a dois grandes limitadores: a validade dos pontos e o valor mínimo para transferência para evitar que os pontos expirem.

Cada banco tem a sua própria regra para acúmulo de pontos. Ou seja, para cada tipo de cartão existe uma conversão de pontos, prazo de validade da pontuação e um valor mínimo que deve ser acumulado para que seja possível transferi-los para programas de fidelidade, como Smiles e Multiplus.
Portanto, é necessário ficar atento a estes limitadores, que podem impedir que os pontos sejam utilizados dentro do prazo de validade.

Nos cartões Santander, por exemplo, só é possível transferir os pontos para um programa de milhagem se o portador possuir 15 mil pontos ou mais, independente de quantas vezes já transferiu. Já para quem possui cartões do banco Itaú, o mínimo é de 20 mil pontos.

O consumidor deve verificar se o banco tem uma parceria com um programa de fidelidade. Nesses casos, ele pode não exigir um valor mínimo para transferência de pontos para este programa.

Na maior parte dos programas de fidelidade, os pontos vencem após dois anos, o que pode não ser suficiente para acumular a pontuação mínima exigida para transferência dos pontos, dependendo do valor gasto mensalmente no plástico.

Deve-se ainda levar em conta o valor da anuidade do plástico. Nos produtos que permitem acumular mais milhas, além desse valor ser geralmente maior, os bancos também costumam exigir que o cliente tenha uma renda mensal mais elevada.

Renata Pedro, coordenadora de pesquisa da Proteste, não recomenda gastar mais no cartão de crédito apenas para conseguir mais milhas. “Se não conseguir pagar a fatura, o usuário terá de pagar uma das taxas de juros mais altas do mercado: a do crédito rotativo”.

Veja abaixo os valores mínimos exigidos pelos bancos para transferência de pontos para programas de milhagem

 

Tabela Proteste

Primeira Edição © 2011