Se fosse para resumir o atual cenário nacional, caberia dizer: o Brasil está pelo avesso. Ou, de ponta cabeça. Em linguagem mais popular – emborcado. Não são os presídios com suas matanças já rotineiras. É todo o sistema, está tudo errado. E o mais grave: a sociedade acomodou-se, acha que é isso mesmo – e pronto. Não fosse pela reação da mídia, o silêncio seria a resposta para as hecatombes nas penitenciárias do Norte. Do Norte, por enquanto.

Tudo errado. Aqui, o bandido é condenado e vai para o presídio rindo, sabendo que logo estará solto. A pena nominal é draconiana. Na prática, uma provação meteórica. Nem bem conhece a cela direito e já chega a ordem de soltura: condicional. Em casa, o sujeito fica confuso; “Aqui, vou ter que trabalhar. Lá, o estado arca com meu sustento”. O estado, não, a sociedade.

É isso. No país onde os criminosos têm direito ao benefício da prisão especial, de bons antecedentes, de endereço certo e da primariedade, a prisão só funciona como meio de expiação quando explodem as rebeliões formando rios de sangue.

Aqui, o bandido não vai para a cadeia a fim de pagar pelo que fez. Vai para ser ressocializado, mesmo nunca tendo sido socializado. A condenação da Justiça é apenas uma satisfação à sociedade. Aqui, todos sentem pena, têm dó do condenado, e ninguém se lembra da vítima. Defeito da memória nacional, que é curta.

Na prisão, abundam os direitos: prática esportiva, banho ao sol, comida boa e quente, visitas, relações conjugais. Um paraíso.

E como se pouco fosse, o indivíduo estupra, assalta, mata e ainda é sustentado pela sociedade. Não trabalha, não produz nada. A família da vítima é que paga, com impostos, para mantê-lo.

As penas? Ah, as penas. O cara é condenado a 300 anos em regime fechado, mas só pode ficar em cana até 30 anos. Pena máxima. Aí vem a progressão: com boa conduta, fica alguns anos – e rua. Insensível, irascível, logo volta a delinquir.

Mas isso é só para bandido da pesada, chefão de facção criminosa. Delinquente chinfrim, com pena de até quatro anos,  nem pode ser preso, porque a lei não deixa. E mesmo que a lei deixasse, não resolveria, falta espaço na cadeia. Rua!

Melhor que isso só a liberação de presos por ordem do juiz que temia nova matança no presídio em Roraima. Muito certo: os bandidos, agora, estão protegidos – e a sociedade?

 

DILTON PRESENTE

Maior prefeito de Maceió (junto com Cícero Almeida), o engenheiro Dilton Simões saiu da toca: foi presença notada na posse de Otávio Leão Praxedes na presidência do TJ-AL.

 

CHAPA COMPLETA

Por decisão do Tribunal de Justiça, a eleição da próxima Mesa da Assembleia Legislativa se fará por meio de chapa completa, e não por escolha individual, como pretendia deputados da oposição.

 

EXPERIÊNCIA POLÍTICA NA TV PAJUÇARA

Cinco apresentadores da TV Pajuçara têm experiência política – exerceram e/ou disputaram mandato eletivo: Jéferson Morais, Oscar de Melo, Wilson Júnior, Gernan Lopes e Bárbara Santiago. Morais e Melo assumiram vagas na Câmara de Maceió e, no caso do primeiro, também na Assembleia Legislativa. Os demais concorreram a eleições para vereador na capital, sem sucesso.

 

ESPECULAÇÃO

A ida do senador Renan Calheiros para o Ministério da Justiça tem sido objeto de muitos palpites, mas é só especulação. Renan, aliás, já exerceu a Pasta durante o governo de Fernando Henrique.

 

ESPECULAÇÃO 2

O mais provável é que, após concluir seu terceiro mandato como presidente do Senado, Renan seja eleito para presidir a poderosa Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Alta. Palpite.

 

TRIBUNAL DE ALAGOAS GANHA SELO DIAMANTE

O desempenho do desembargador Washington Luiz na presidência do Tribunal de Justiça – de janeiro de 2015 a junho de 2016 – acaba de ser reconhecido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com a concessão do ‘Selo Diamante’ ao Poder Judiciário de Alagoas. O selo especial homenageia os avanços conseguidos na gestão presidida por Washington até meados do ano passado e concluída pelo desembargador João Luiz Lessa.

 

GESTÃO EFICIENTE

Graças à excelente gestão do conselheiro Otávio Lessa, o Tribunal de Contas de Alagoas é hoje uma instituição enxuta, organizada e operante. E mais: com planejamento estratégico.

 

QUEM PODE

Diz-se, criticamente, “os deputados concederam reajuste a eles próprios”. Ora, e quem tem competência legal (constitucional) para fazê-lo, senão – e exclusivamente – eles próprios?

 

MUITO ALÉM DA FAIXA AZUL ‘EXCLUSIVA’

A classe trabalhadora de Maceió já entrou em alerta: a qualquer momento, Rui Palmeira vai convocar o Conselho Municipal de Transporte. Na pauta: o novo reajuste da tarifa dos coletivos urbanos da capital. Lembrando que, no ano passado, o prefeito aprovou reajuste superior a 14%, bem acima da inflação.

 

SITUAÇÃO CRÍTICA

E a Câmara de Maceió, quando terá recursos para construir uma sede própria decente? Até quando vai continuar pagando aluguel caríssimo por salas para usar como gabinete dos vereadores?

 

HELOÍSA HELENA

Já na condição de ex-vereadora, Heloísa Helena vai se estruturar para se lançar candidata às eleições de 2018. Deverá sair para o Senado, mas não se sabe se por Alagoas ou pelo Rio de Janeiro.