PF investiga alagoano suspeito de integrar rede nacional de pornografia infantil

Polícia apreendeu computador de adolescente que mora em São Miguel dos Campos, investigado desde 2014

22/11/2016 15:45

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Estadão Conteúdo

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A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira, 22, a segunda fase da Operação Darknet, cujo objetivo é combater uma rede de pornografia infantil na chamada Deep Web – rede formada por sites não acessíveis por links padrões e que não podem ser localizados por sites de buscas como o Google. Onze pessoas foram presas em flagrante.

Foram cumpridos 70 mandados de busca e apreensão e de prisão em 16 Estados (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão, Pará e Amazonas). Cerca de 300 policiais federais participaram da ação.

Essa é a segunda fase da operação, que teve início m 2014. Desta vez são investigados 67 suspeitos por troca e distribuição de fotos e vídeos com conteúdo pornográfico envolvendo crianças e adolescentes.

“Temos pessoas que apenas consomem esse material, pessoas que trocam e consequentemente produtores desse tipo de material. Além disso, temos também os abusadores”, explica o delegado Fernando Casarin.

Segundo ele, a PF antecipou o cumprimento de sete ordens judiciais para evitar o possível abuso sexual de crianças nos Estados do Paraná e Rio de Janeiro e no Distrito Federal. “Alguns alvos tiveram os cumprimentos de mandados antecipados porque se vislumbrou a possibilidade de se ter um possível abusador.”

De acordo com a PF, os investigadores vêm desenvolvendo uma metodologia de investigação e ferramentas para identificar usuários da Dark Web, considerado um meio seguro de divulgação de conteúdos variados de forma anônima.

A arquitetura desse ambiente impossibilita a identificação do ponto de acesso (IP), ocultando o real usuário que acessa a rede. Poucas polícias no mundo obtiveram êxito em investigações na Dark Web, como o FBI, a Scotland Yard e a Polícia Federal Australiana.

Primeira Edição © 2011