Primeiro caso de demência pugilística no MMA é confirmado em autópsia

22/10/2016 09:19

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Combate.com

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O MMA teve seu primeiro caso de demência pugilística confirmado em um atleta que estava em atividade. Jordan Parsons, ex-lutador do Bellator, que morreu no início do ano após ser vítima de um atropelamento, teve a doença em seu cérebro descoberta após autópsia. A informação foi divulgada em matéria do jornal Boston Globe.

O lutador faleceu em maio deste ano, após ser atropelado na Flórida. Uma autópsia no seu cérebro apontou sinais de encefalopatia traumática crônica, doença comum em atletas de boxe, por ser causada por traumas frequentes à cabeça. Ele tinha apenas 25 anos, e competia desde 2010 - sua primeira luta amadora foi feita dois anos antes.

De acordo com os médicos envolvidos nos exames, os sinais da doença não foram causados pelos danos sofridos no acidente, já que se trata de uma condição desenvolvida com o passar dos anos. 

A encefalopatia traumática é uma doença degenerativa que causa problemas de memória e coordenação motora. É difícil de ser detectada durante a vida, por poder ser diagnosticada oficialmente só depois de análise direta ao tecido cerebral em autópsia. Conhecida popularmente como "demência pugilística", não é encontrada apenas em lutadores de boxe ou MMA.

A doença já foi motivo de ações judiciais movidas por atletas contra NFL e NHL, ligas de futebol americano e hockey, e a WWE, organização que promove eventos de "pro-wresling". De acordo com o doutor Bennet Omalu, que informou ao jornal sobre o diagnóstico, empresas como o Bellator e o UFC podem vir a ser alvos deste tipo de processo.

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