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Um estudo inédito feito por pesquisadores da Unicamp traçou o perfil da produção do lixo de Campinas, interior paulista, cruzando dados das classes sociais de onde o material chegava. Para isso, engenheiros e profissionais do Instituto de Geologia analisaram por 27 dias, em 2012, amostras dos resíduos que chegavam ao aterro Delta, na cidade.
O trabalho foi feito considerando dados de onde os caminhões chegavam com o perfil social de cada uma das regiões. A partir disso, os pesquisadores observaram que a maior parte (20%) do lixo vindo da região central era composto por papel. Entre os mais ricos, os galhos e resíduos de jardinagem eram mais comuns, assim como garrafas de bebidas.
Na avaliação de quem mais produziu lixo, a classe D foi a que teve maior destaque, já que foi responsável por 64,3% da produção no período. A classe B foi responsável por 15,4%, enquanto a classe A produziu 10,9%. A classe comercial produziu 9,4%.
E não é apenas pela maior produção de lixo que os mais pobres são responsáveis, segundo o estudo. Foi das regiões onde vivem pessoas com esse perfil social que vieram os caminhões com maior quantidade de alimentos descartados. Arroz, verduras, legumes e pães são destinados ao lixo com frequência.
Com os dados em mãos, a prefeitura pretende criar mecanismos de coleta e campanhas mais focadas em cada uma das regiões.
Primeira Edição © 2011