Economia encolhe 1,7% no terceiro trimestre

Recuo nos primeiros dez meses do ano é o maior forte desde 1996, segundo o IBGE

01/12/2015 09:00

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Entre janeiro e setembro, o produto interno bruto (PIB) brasileiro encolheu 3,2%, segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o pior desempenho da economia brasileira para esse período desde o início da série histórica, em 1996. O PIB é o indicador que soma todas as riquezas geradas pelo país.

No terceiro trimestre, a queda foi de 1,7% em relação ao trimestre anterior e de 4,5% em comparação com o mesmo período de 2014. Em quase todos os comparativos setoriais, a indústria foi o segmento com o pior desempenho. No acumulado de 2015, a queda da indústria é de 5,6%, e, em relação ao mesmo período de 2014, o recuo é de 6,7%. A indústria encolheu 1,3% no terceiro trimestre em comparação com o segundo, mas, nessa base de comparação, o segmento de pior desempenho foi o agropecuário, com baixa de 2,4%. Máquinas e equipamentos, automobilística e construção civil ficaram sempre os de desempenho mais fraco entre os ramos da indústria, seja na comparação com o trimestre imediatamente anterior, seja em relação ao mesmo período de 2014.

Outros indicadores mostram não apenas uma baixa momentânea, também a piora do cenário para uma recuperação rápida da economia. A formação bruta de capital fixo é um desses retratos. Esse indicador registra o quanto as empresas aumentam ou diminuem seus bens de capital, a infraestrutura de máquinas e equipamentos usados na fabricação de outros produtos. No acumulado de 2015, a formação bruta de capital fixo recuou 12,7%. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, a queda foi de 4%, e, na comparação com o mesmo período de 2014, o declínio foi de eloquentes 15%.

A taxa de investimento é outro indicador tido como uma espécie de motor para a economia crescer - e também ele enconlheu entre julho e setembro. No terceiro trimestre, a taxa de investimento foi de 18,1% do PIB - no mesmo período de 2014, a taxa havia sido de 20,2%.

Primeira Edição © 2011