Defesa de Delcídio do Amaral descarta delação premiada

01/12/2015 13:56

A- A+

Agência Brasil

compartilhar:

O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) não pretende fazer acordo de delação premiada, diferente do que tem se dito desde sua prisão, na semana passada, na Operação Lava Jato. Ao menos é isso o que garante o assessor pessoal do parlamentar, Eduardo Marzagão.

“Ninguém, em segundo nenhum; nem advogado, nem familiar; ninguém nunca cogitou ou propôs a ele que fizesse delação premiada”, afirmou Marzagão, tendo por base conversas com os advogados de defesa e com parentes do senador.

A defesa pretende apresentar ainda nesta semana um “pedido de relaxamento” da prisão, sob a justificativa de que o senador em nenhum momento tentou obstruir as investigações que estão sendo feitas em decorrência da Operação Lava Jato. Marzagão disse ainda que isso deve ser feito após o segundo depoimento do senador às autoridades, previsto para os próximos dias.

Na sexta-feira (27), Amaral recebeu a visita da esposa, Maika do Amaral Gomez, que deve voltar a fazê-lo nesta semana. De acordo com o assessor, o senador tem sido “super bem tratado” na Superintendência da Polícia Federal, onde está preso desde a última quarta (25), após ter a prisão decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Dedicação à leitura
O senador tem dedicado boa parte do seu tempo à leitura, ainda de acordo com o assessor. Atualmente, está lendo o livro "Brasil: Uma Biografia", de Lilia Moritz Schwarcz e Heloisa Starling. Nos primeiros, dias leu o "A Origem do Estado Islâmico", do jornalista irlandês Patrick Cockburn. As duas publicações foram presentes de Marzagão.

Segundo denúncia da Procuradoria-Geral da República, Amaral ofereceu R$ 50 mil mensais à família do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró para evitar a citação do nome do parlamentar nas investigações.

O senador ainda teria oferecido ajuda política no Poder Judiciário em favor de Cerveró para que o ex-diretor não fizesse acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal.

 

Primeira Edição © 2011