Impeachment à vista: ministro do STF barra trâmite, mas Cunha marca sua própria decisão

13/10/2015 09:22

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Redação

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O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu nesta terça-feira (13) uma liminar (decisão provisória) que suspende o andamento dos processos de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados com base no rito definido no final de setembro pelo presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha

A decisão provisória de Teori Zavascki atendeu ao pedido protocolado pelo deputado Wadih Damous (PT-RJ) questionando o fato de Cunha não ter analisado um recurso apresentado contra o rito estabelecido pela presidência da Casa. O mandado de segurança do parlamentar petista havia sido protocolado no último sábado (10) na Suprema Corte.

Os petistas comemoraram, na manhã desta terça-feira, mas a alegria durou pouco, porque, ao chegar à Câmara, o deputado Eduardo Cunha foi indagado por repórteres sobre a liminar concedida pelo ministro do STF, e jogou um balde de água fria na festa petista. Na visão do peemedebista, a decisão de Zavascki não o impede de deferir ou indeferir monocraticamente os pedidos de impeachment de Dilma.

"Isso [a decisão liminar] não interfere no trabalho, porque, a meu papel, cabe deferir ou indeferir, esse papel não está em questão. Então, o que está ali é tratando de rito futuro. Não tem que pensar no rito futuro, tem que pensar no rito presente", enfatizou.

Cunha também definiu, com a oposição, para a próxima semana, a análise do principal pedido de impeachment contra Dilma, apresentado pelo jurista Hélio Bicudo, que vem a ser um dos fundadores do PT junto com Lula.

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