Atividades serão executadas na Secretaria de Estado da Fazenda; iniciativa, que reforça o princípio da dignidade, é também mais uma medida de economia
Agência Alagoas
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Mais um capítulo importante na ressocialização de reeducandos em Alagoas. O Governo do Estado viabilizou nesta sexta-feira, 9, que 130 homens e mulheres presos no regime semiaberto possam trabalhar, de forma remunerada, na Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz). A assinatura do acordo de cooperação foi realizada no Palácio República dos Palmares.
“O Estado dá exemplo à iniciativa privada na contratação de reeducandos. O convênio repercute na redução de gastos da máquina do governo e oferece oportunidade aos reeducandos para que eles tenham uma renda e possam ajudar as suas famílias”, explicou o secretário-chefe do Gabinete Civil, Fábio Farias, que na ocasião representou o governador em exercício, Luciano Barbosa.
O secretário da Fazenda George Santoro avaliou o projeto como inovador. “Nós [a Sefaz] atendemos ao público em todo o Estado, em mais de 15 cidades, e esse trabalho será feito por reeducandos, no primeiro atendimento ao público. É um contato direto e uma aposta que nós estamos fazendo”, revelou o gestor.
Serão oferecidos também treinamentos, por meio de cursos profissionalizantes. “Essa é, sem dúvida, uma garantia, para a empregabilidade futura desses homens e mulheres”, declarou George Santoro.
O acordo envolve também a Secretaria do Trabalho e Emprego. O titular da pasta, Rafael Brito, trouxe a história de um dos detentos, que faz parte do programa de ressocialização.
“Nós, esse ano, contratamos dez reeducandos. Como exemplo, temos o senhor José Paulo de Almeida, com quatro filhos, o salário que ganha é o único sustento dessas crianças. O futuro egresso do sistema penitenciário não pode ser abandonado”, apontou o secretário.
Para o tenente-coronel Marcos Sérgio de Freitas, secretário de Ressocialização e Inclusão Social, o momento representa uma quebra de paradigma. “Essa é a maior quantidade de reeducandos que temos num convênio. É a primeira vez que o Governo propicia essa quantidade de vagas. Hoje, é uma referência histórica para a ressocialização”, afirmou Marcos Sérgio de Freitas.
Esse convênio representa para o Estado uma economia de mais de R$ 3 milhões. Há inclusive previsão de ampliação de vagas entre as duas secretarias, Fazenda e Ressocialização.
Primeira Edição © 2011