Polícia Civil indicia gestores do Neafa por mortes de animais

Investigações concluíram que mortes foram “autorizadas” para que ONG diminuísse os gastos com os cães

04/09/2015 08:36

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Redação

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A delegada da Polícia Civil, (PC), Talita de Aquino, nomeada em dezembro do ano passado para investigar o envenenamento de 30 cães e mortes de 12 dos animais, sob a guarda do Núcleo de Educação Ambiental Francisco de Assis, (Neafa), encaminhou na última segunda-feira, (31), o inquérito que apurou a responsabilidade das mortes.

Pelas mortes a delegada indiciou o gerente informal do Neafa, Erivaldo Emídio da Silva, e a tesoureira da ONG, Pallova Weumanny Mendes da Costa. O crime é de maus-tratos, com o agravante da morte dos animais e a suspeitas de que o objetivo era reduzir os gastos com os animais.

As investigações também concluíram que a ONG praticou crime ambiental, enterrando animais em um terreno em área urbana e residencial pertencente a ONG. Pelo crime foram indiciados o fundador e curador do Núcleo, Ismar Malta Gatto e o filho dele Davi Nogueira Gatto, representante legal da entidade. A delegada entendeu que o descarte dos animais configura em crime de perigo abstrato para a saúde pública e o meio ambiente. 

As mortes dos animais, descobertas na manhã de 26 de dezembro passado, levou o Ministério Público Estadual, (MPE/AL) e a polícia ouvirem funcionários do Núcleo e moradores residentes nas proximidades da sede da ONG. As contradições em alguns depoimentos e as provas – algumas com bases em laudos – levaram a conclusão que o crime teria sido praticado por alguém de dentro da própria ONG e não de fora, como alguns diretores – em entrevistas – insinuaram.

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