Interdição do Porto pode deixar Alagoas sem combustível

Justiça determina que trabalhadores rurais deixem o local. Prejuízo ultrapassa os R$ 30 milhões

04/08/2015 13:54

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Redação

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Os motoristas alagoanos, em especial os de Maceió, podem sofrer com a falta de combustível.

A informação foi confirmada nesta terça-feira, (4), pelo vice-presidente do Sindicato dos Combustíveis de Alagoas, (Sindicombustíveis), Carlos Henrique Toledo, que chamou a atenção para a interdição do Porto de Maceió, no bairro de Jaraguá, que acontece desde a manhã da segunda-feira, (3), por trabalhadores rurais orientados por vários movimentos rurais de sem-terra e sem-tetos.

Segundo o empresário, que chama a situação de gravíssima, alguns postos já estão com o abastecimento reduzido e se a interdição ao Porto continuar haverá desabastecimento, inicialmente, na Capital.

Carlos Henrique, que é dono de um posto onde o estoque de Diesel acaba nesta noite. destacou que no Porto estão localizadas as quatro principais distribuidoras de combustível – Shell, BR, Ipiranga e ALE – que abastecem os 450 postos no Estado e que os trabalhadores, que acamparam na entrada principal, impedem o acesso e saída de qualquer veículo.

Os trabalhadores exigem do Governo Federal uma solução para a desapropriação das terras de três usinas do Grupo João Lyra (Guaxuma , Laginha e Uruba) e que essas terras sejam repassadas por meio da reforma agrária.

Segundo o administrador adjunto do Porto, Roberto Leoni, apesar de várias tentativas de negociação, os trabalhadores não aceitam deixar o local enquanto não tiverem uma resposta satisfatória. Diante da situação - conforme Leoni - que confirmou um prejuízo superior aos R$ 30 milhões, a direção do órgão entrou na Justiça com um pedido de desocupação, o que foi concedido.

Roberto Leoni informou ainda que aguarda agora que um oficial de Justiça, junto com a Polícia Militar, (PM), cumpram a ordem de desocupação e que a situação retorne ao normalidade.

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