Prefeitura comprova que médicos em Maceió tem "super salários”

Auditoria do Ministério da Saúde teria motivado Rui Palmeira a instalar ponto eletrônico no PAM Salgadinho

03/08/2015 12:20

A- A+

Redação

compartilhar:

A conclusão de uma auditoria do Ministério da Saúde, (MS), a pedido do Conselho Municipal de Saúde, que teria revelado a existência de irregularidades na área da Saúde Pública em Maceió, principalmente no destino dado ao dinheiro do Ministério, teria sido o motivo para a determinação da instalação do ponto eletrônico no Posto de Atendimento Médico, (PAM Salgadinho), dando início a troca de acusações entre servidores – em especial os médicos – e o prefeito Rui Palmeira, (PSDB).

A auditoria aconteceu no último mês de janeiro, mas os relatórios só foram concluídos no mês seguinte e entre os diversos problemas um se destacou. Em valores exatos, R$ 5.799.799,08 foram pagos em despesas que não foram comprovadas.

Segundo o conselheiro Mauricio Sarmento o município teria pago na gestão passada, por 200 protetores solares, para uso dos agentes de endemias, cerca de R$ 15 Reais, enquanto que em 10 mil protetores foram gastos R$ 16 mil.

“Ora, em qualquer local, se você compra mais se paga menos. Na Saúde de Maceió foi o contrário. E isso não foi tudo. O relatório também apontou outras irregularidades que prejudicam a população de Maceió.”, denunciou ele que destacou que o dinheiro usado irregularmente tem de ser devolvido ao MS.

A instalação do ponto eletrônico segundo Rui Palmeira irá acabar com outro flagrante da auditoria, que foi detectar que alguns médicos lotados no PAM Salgadinho batem o ponto e vão trabalhar em clinicas ou hospitais particulares.

Em alguns casos, ainda diz o prefeito, que foram detectados servidores – cujos nomes e funções não foram divulgados – que teriam fraudado grosseiramente o registro de trabalho, colocando que um dia tem mais de 24 horas e assim se favoreciam com salários de até R$ 30 mil.

O “bate boca” de Rui com os médicos partiu para as provas. De um lado o presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas, (Sindmed), Wellington Galvão, na última sexta-feira, (31), chamou o prefeito de mentiroso e exigiu que Rui Palmeiras provasse que um médico, lotado no município, teria salário de R$ 30 mil.

Em resposta a assessoria da Prefeitura divulgou uma tabela onde aparecem nomes – cortados – com as especialidades e os salários de alguns profissionais. A tabela confirma os “super salários” e reascende a discussão entre a categoria e o prefeito tucano.

Em relação a greve dos servidores do PAM Salgadinho o prefeito reafirmou na manhã desta segunda-feira, (3), primeiro dia da instalação do ponto eletrônico – que será instalado em outros órgão municipais – , que irá acionar a Justiça para colocar um fim no movimento.

Rui falou que não vai admitir abuso de servidor e se houver irá buscar reparação na Justiça.

Primeira Edição © 2011