Por que Renan não dá o reajuste salarial que o servidor quer?

03/08/2015 13:56

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Redação

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Um governador, eleito pelo povo, com compromissos assumidos e reiterados, deixaria de conceder reajuste salarial aos servidores, simplesmente por não querer? A resposta, pela ótica do bom senso, só pode ser não. Por que um governante, em pleno início da carreira política, podendo atender ao funcionalismo, optaria pelo confronto, pela queda-de-braço, sabendo, como qualquer um sabe, que esse tipo de indisposição afeta diretamente o povo, ou seja, as pessoas que o conduziram ao poder?

Por esse raciocínio, conclui-se que o governador Renan Filho não está atendendo ao pleito dos servidores por uma razão que nada tem a ver com má vontade. Qual razão? O receio, fundado, de que o governo autorize a reposição reivindicada e, mais adiante, não tenha condições de honrá-la. Logo, vem à memória dos mais atentos a turbulência registrada no terceiro governo de Divaldo Suruagy, que reajustou salários, ficou de bem na foto com o funcionalismo, mas logo entrou em crise aguda por não pode pagar a folha salarial. O desfecho da história, todos conhecem.

O que preocupa Renan é a instabilidade da arrecadação e até do repasse do FPM pelo governo federal. Ora avança, ora recua, ora fica estável. Como, pois, assumir uma despesa que pode desafiar a capacidade de pagamento da Fazenda Estadual?

A CUT sugere a adoção de um ‘gatilho’: quando a receita crescer um percentual ‘X’, o gatilho dispara e os salários são reajustados. A sugestão é boa, mas há risco. Por exemplo: e se a receitar crescer em um mês e cair no período seguinte? Os servidores aceitariam corte de salário? Evidente que não. Por isso, a questão deve ser tratada com muita prudência e responsabilidade.

 

TOM PROFÉTICO

O deputado federal Pedro Vilela (PSDB) prevê que Dilma perderá o mandato – ou com a cassação pelo Tribunal Superior Eleitoral ou com um processo de impeachment no Congresso Nacional.

 

TOM PROFÉTICO 2

Segundo o tucano Pedro Vilela, se qualquer das decisões atingir Dilma e seu vice Michel Temer, haverá nova eleição e o candidato do PSDB, claro, será o senador Aécio Neves.

 

LESSA NÃO CONTEMPORIZA COM RELAPSOS

O presidente do Tribunal de Contas, Otávio Lessa, está decidido a não contemporizar que os prefeitos que, terminantemente, se recusam a instalar portal de transparência, como manda a legislação. Em Alagoas, 18 das 102 prefeituras continuam ‘fechadas’, negando informações de interesse da sociedade.

 

ORGULHO PETISTA

Crédulos numa ‘reviravolta’ da crise, alguns petistas estão circulando com o carro exibindo adesivo com a frase ‘Orgulho de ser PT’. Uma corajosa réplica ao popularizado ‘Fora corruPTos’.

 

DISPUTA MIDIÁTICA

Celso Russomano, que usa a TV Record para se promover, não será páreo único na sucessão do prefeito Fernando Haddad. José Luiz Datena, que usa a TV Bandeirantes, também concorrerá.

 

CUNHA DIZ QUE ESTÁ ‘VIVENDO O MOMENTO’

Marinheiro de primeira viagem, o deputado Rodrigo Cunha – é o que ele diz – não está nem aí com as articulações para a sucessão em Arapiraca. “Estou vivendo o momento”, diz ele indicando que, por enquanto, só está preocupado com seu desempenho na Assembleia Legislativa. Herdeiro político da saudosa Ceci Cunha, Rodrigo Cunha simplesmente desconversa quando lhe perguntam se será candidato à sucessão da prefeita Célia Rocha.

 

EM HARMONIA

Se depender de Téo Vilela, o prefeito Rui Palmeira permanece no PSDB, prestigiado e com total apoio para concorrer à sucessão em 2016. Nenhuma rusga, além das inevitáveis especulações.

 

LEMBRANDO HITCHCOCK

A brecha aberta na reforma política para permitir a troca de partido sem perda de mandato está sendo rotulada de ‘janela indiscreta’, uma alusão ao clássico do mestre Alfred Hitchcock.

 

CÂMARA PODE FICAR ‘MAIOR’ DO QUE ASSEMBLEIA

Se a Câmara de Maceió optar por fixar em 31 o número de vereadores, Alagoas passará a conviver com uma situação, no mínimo, esdrúxula: o Legislativo da capital funcionando com um colegiado mais numeroso do que o Legislativo estadual. A Assembleia, como se sabe, abriga apenas 27 deputados.

 

E O MANDATO?

Com dedicação exclusiva às questões internas da Assembleia Legislativa, o deputado Ronaldo Medeiros (PT) tem ouvido uma pergunta recorrente de seus amigos: “E o seu mandato?”.

 

BASES SOLTAS

Mandato, como todos sabem, inclusive o petista Ronaldo Medeiros, se renova, com mais facilidade, quando o deputado produz leis, mas, também, assiste suas bases eleitorais.

 

O RISCO DE UMA FRUSTRAÇÃO NACIONAL

O noticiário não trata de outra coisa: é Lava-Jato de manhã, de tarde e à noite. Diante dele, o mensalão virou roubo de galinha. Daí, uma questão instigante: o que acontecerá se, ao final, o mega processo não der em nada? Muitos desconfiam, considerando que metade do PIB político nacional está na lama da Lava-Jato.

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